Mais de 20 opositores presos em 72 horas. Foi essa situação que a líder da oposição venezuelana denunciou em entrevista nesta terça-feira (22).
Maria Corina Machado classificou o episódio como uma "brutal onda de repressão" contra adversários políticos e fiscais ligados às eleições organizadas pela Plataforma Unitaria Democrática (PUD).
Segundo Machado, as prisões atingiram opositores e fiscais que atuaram nas eleições presidenciais organizadas pela Plataforma Unitaria Democrática (PUD), coalizão de partidos da oposição na Venezuela.
“A Justiça internacional tem a obrigação de responsabilizar os perpetradores”.
As novas detenções ocorreram logo após a libertação de dez cidadãos dos Estados Unidos e de um grupo de presos políticos venezuelanos.
A libertação foi parte de um acordo que incluiu o envio de 252 migrantes venezuelanos para El Salvador, mediado por Washington.
Para a oposição, Maduro adota uma estratégia chamada de “porta giratória”: liberta alguns presos para negociar, enquanto continua prendendo outros.
“A repressão não cessa, só se redistribui”, afirma o comunicado da equipe de Corina Machado.
Segundo Machado, as prisões são usadas como ferramenta de barganha, em uma espécie de diplomacia de reféns. Ela fez um apelo à comunidade internacional por ações mais duras contra o regime:
“Mais de 900 pessoas continuam presas ou desaparecidas por razões políticas. É preciso usar todos os instrumentos disponíveis contra um aparato repressivo que persegue, sequestra, desaparece e tortura sem hesitação.”
Enquanto o regime afirma ter libertado 80 pessoas, a oposição diz que apenas uma mulher foi solta até agora, sem registro de menores entre os beneficiados.
Já a ONG Foro Penal relata a libertação de 57 presos políticos, incluindo 48 venezuelanos e nove cidadãos ou residentes permanentes dos Estados Unidos.
A liberação em massa foi confirmada na última sexta-feira (18) e é considerada parte de um acordo entre Venezuela, Estados Unidos e El Salvador.
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