Loja de varejo dos EUA desiste de vender livros infantis com ideologia gênero após pressão da população

A Target é uma rede de lojas de varejo dos Estados Unidos que possui unidades em quase todo o país. A rede vende diversos tipos de produtos, desde roupas a utensílios domésticos e livros.

Com a aproximação do mês de junho de 2023, a empresa aderiu à campanha "mês do orgulho LGBT", anunciando a campanha em seu site. Além de uma campanha de marketing, a empresa escolheu revender diversos produtos com simbolismo LGBT, incluindo produtos para crianças 

Livros infantis com ideologia de gênero

A empresa não desenvolveu conteúdos e produtos apenas para adultos. Diversos produtos eram voltados para crianças e possuíam conteúdos relacionados a ideologia de gênero, como:

• Bye Bye, Binary ("Tchau Tchau, Binário"): segundo a descrição oficial do livro, os fãs do livro "bebê feminista", de Loryn Brantz, vão amar esse livro sobre expressão de gênero em que um bebe se recusa a se conformar com gêneros binários;
• Pride 1 2 3 ("Orgulho 1 2 3"): segundo a descrição oficial do produto, o livro foi feito para que os pais ensinem seus filhos sobre a parada gay e celebrem a comunidade LGBTQIA+;
• I'm Not a Girl ("Eu Não Sou Uma Garota"): segundo a descrição oficial do produto, o livro de Maddox Lyons foi baseado em uma história de gênero real, narrando a jornada de uma garota que deseja ser um menino.

Críticas e boicote da população

Desde o início desta semana, publicações de americanos contra campanha da Target viralizaram nas redes sociais do país. Influenciadores como Matt Walsh e Megyn Kelly criticaram a decisão da loja.

“O objetivo é tornar o 'orgulho' tóxico para as marcas. Se resolverem jogar esse lixo na nossa cara, saibam que vão pagar um preço.”, tweetou Matt em um de seus comentários sobre a marca.

Seus posts tiveram dezenas de milhares de likes e foram compartilhados por milhares de usuários.

Megyn Kelly criticou os maiôs com material extra em regiões íntimas que serviriam para homens disfarçarem seu órgão genital.

Target responde

O CEO da Target defendeu a campanha, dizendo:

“[A campanha] está nos ajudando a impulsionar as vendas, está construindo um maior envolvimento com nossas equipes e nossos convidados, e essas são as coisas certas para nossos negócios hoje”, disse Brian Cornell à Fortune.

Outros influenciadores americanos defenderam a iniciativa da marca e criticaram a retirada de alguns produtos:

“A Target deve colocar os produtos de volta nas prateleiras e garantir que suas vitrines sejam visíveis no chão, não empurradas para o armário proverbial. Isso é o que os agressores querem”, disse Kelley Robinson, presidente da Human Rights Campaign.

Paul Argenti, professor de comunicação corporativa da Tuck School of Business da Dartmouth University, comentou:

“Parece que você está cedendo a um valentão”.

Ele continuou:

“Isso estabelece um precedente perigoso”.

As polêmicas e críticas contra a empresa não se restringiram apenas aos produtos com temática LGBT e de ideologia de gênero.

Prejuízo comercial para a Targett

Segundo nota oficial da empresa Target, alguns produtos da temática LGBT serão retirados das lojas devido a "ameaças contra a segurança dos colaboradores da empresa e controvérsias causadas por alguns produtos".

O jornal NY Post noticiou que a Target perdeu mais de 9 bilhões de dólares em valor de mercado em uma semana após o início das críticas e dos boicotes.

Por que algumas pessoas criticam a política LGBT como ideologia de gênero?

A teoria de gênero tornou-se uma pauta política e social em todo o mundo ocidental, gerando discussões em famílias, escolas e grupos religiosos.

Mas nem todos estão de acordo. 

Para explicar a visão crítica dessas pessoas, a Brasil Paralelo investigou o que eles têm a dizer em uma minissérie chamada As Grandes Minorias. No episódio 2, abordamos o que é Ideologia de Gênero e suas consequências na educação, nos esportes e na sociedade em geral. Não deixe de assistir.