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Política
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Julgamento da descriminalização do porte de maconha é adiado no STF

Após o voto de André Mendonça e Nunes Marques contra a proposta, Dias Toffoli pediu vista e paralisou o julgamento. Dias Toffoli terá 90 dias para devolver a questão ao plenário. O placar está com 5 votos favoráveis e 3 contrários. Confira como votou cada ministro.

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
6/3/2024 19:47
Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF

Qual era a pauta a ser votada?

O Plenário do STF discutiu uma proposta que define qual a quantidade de maconha portada por uma pessoa para que ela seja caracterizada como usuária ou traficante.  

Esse debate surgiu quando a Defensoria Pública do Estado de São Paulo questionou a decisão do Colégio Recursal do Juizado Especial Cível de Diadema. O Tribunal local manteve a condenação de um homem detido com 3g de maconha.

A Defensoria baseou seu questionamento no artigo 28 da lei 11.343/2006, que despenalizou o usuário de drogas. Segundo a nova legislação, a pessoa que porta droga para consumo pessoal não pode ser presa.

O artigo não fala sobre a quantidade que configura uso pessoal e por isso o STF resolveu levar a questão a plenário para analisar se deveria definir uma quantidade exata.

Com os votos contrários de Kassio Nunes Marques e André Mendonça, o placar está em 5 a 3 a favor da pauta. O julgamento foi adiado por conta do pedido de vista feito pelo ministro Dias Toffoli, ele terá 90 dias para devolver a questão ao plenário. 

Como votou cada um dos ministros?

O placar para a proposta de descriminalização da maconha segue da seguinte forma:

A favor (5 ministros):

  • Gilmar Mendes
  • Edson Fachin
  • Luís Roberto Barroso
  • Alexandre de Moraes
  • Rosa Weber

Contra (3 ministros):

  • Cristiano Zanin
  • André Mendonça
  • Kassio Nunes Marques

Ainda não votou (3 ministros):

  • Cármen Lúcia
  • Dias Toffoli
  • Luiz Fux

Como foi o dia de votação? 

“É fato que nós estamos descriminalizando”, disse Barroso após debate com Alexandre de Moraes e André Mendonça sobre porte e posse de maconha no início da votação. O presidente do STF disse também que evitou usar o termo descriminalização pois a palavra dá a percepção de que os ministros estão afirmando que não existe problema em usar drogas.

O ministro introduziu o debate fazendo um discurso sobre o que significava aquela votação e qual a sua importância:

“Esse filme, o filme da subsistência da não distinção clara do que é tráfico e do que é consumo, nós já assistimos e sabemos quem morre no final. O homem negro e pobre, que porta 10 gramas de maconha, vai ser considerado traficante e enviado para a prisão. Já o homem branco, de bairro nobre, com 100 gramas da droga, será considerado usuário e liberado. Portanto, o que está em jogo aqui é evitar a aplicação desigual da lei em razão da cor e das condições sociais e econômicas do usuário. E isso é uma tarefa do Poder Judiciário.”

Em seguida, deu-se início à votação o ministro André Mendonça que se posicionou contra a pauta e relembrou a situação de países que legalizaram a maconha, como EUA, Canadá e Uruguai:

“A legalização não conseguiu superar os problemas mais urgentes, como o problema da taxa de consumo, a criminalização de pessoas, o crescente mercado ilícito e a expansão do crime organizado”.

O ministro também defendeu que a pauta seja discutida pelo Legislativo, não pelo STF. E disse que, na prática, o Supremo Tribunal estava liberando o uso da droga.

Nunes Marques seguiu o posicionamento de Mendonça e afirmou que a descriminalização não reduz o impacto destrutivo das drogas. O ministro citou como exemplo a crise dos opióides nos Estados Unidos.

Quando chegou a vez do ministro Toffoli votar, ele pediu o adiamento e a sessão foi encerrada às 18h11 desta quarta-feira, 06 de março de 2024.

Segundo pesquisa realizada pelo Datafolha, 60% dos brasileiros se sentem inseguros ao andar nas ruas. Esse medo justifica-se nos dados, segundo o ranking UNODC, o Brasil é o país com maior número absoluto de homicídios no planeta.

A violência gerada pelas drogas é um dos principais fatores para esses dados e o tema foi profundamente investigado no documentário Entre Lobos.

Para produzi-lo, a Brasil Paralelo viajou o país entrevistando os maiores especialistas em segurança pública. Clique no link e torne-se membro para assistir:

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