O governo Lula retirou o Brasil da Aliança Internacional em Memória do Holocausto (IHRA).
A organização reúne governos e especialistas para fortalecer, avançar e promover a educação, pesquisa e lembrança do Holocausto em todo o mundo.
A medida acontece poucos dias depois do governo ter entrado em uma ação contra Israel movida pela África do Sul na Corte Internacional de Justiça das Nações Unidas (ONU).
A ação acusa o governo israelense de promover um genocídio contra o povo palestino durante a guerra contra o Hamas e outros grupos terroristas.
O comissário da Organização dos Estados Americanos (OEA) para o Monitoramento e Combate ao Antissemitismo, Fernando Lottenberg, se pronunciou sobre a decisão.
Ele afirmou que a definição de antissemitismo adotada pela IHRA é uma importante práatica para o combate ao preconceito:
"A definição de antissemitismo da IHRA representa um importante instrumento que, apesar de não ter valor jurídico vinculante, é adotado por mais de 45 países e 2.000 instituições em todo o mundo para informar, identificar e combater o antissemitismo".
Outro ponto que ele destaca é que podem haver “discordâncias diplomáticas entre Brasil e Israel”, mas "esses fatos nada têm a ver com o trabalho de extrema relevância da IHRA".
O comissário também destacou a importância da comunidade judaica no Brasil e a importância da organização:
"O Brasil tem a segunda maior comunidade judaica da América Latina e estar integrado à IHRA é uma forma de mostrar comprometimento com a cultura de paz e com a promoção da educação, por meio da pesquisa e lembrança do Holocausto em todo o mundo, motivos que fundamentam a criação da organização intergovernamental desde 1998"
Além disso, o ministério das Relações Exteriores de Israel também criticou a decisão do governo Lula.
"A decisão do Brasil de se juntar à ofensiva jurídica contra Israel na CIJ, ao mesmo tempo em que se retira da IHRA, é uma demonstração de uma profunda falha moral".
As relações entre Brasil e Israel têm se deteriorado desde o início da guerra em Gaza, após o atentado de 7 de outubro de 2023.
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