O controverso processo eleitoral na Venezuela parece não ter data para terminar. Na última quinta-feira, dia 1º de agosto, o secretário de Estado americano realizou um pronunciamento reconhecendo a vitória de Edmundo González Urrutia. O candidato é o principal opositor a Nicolás Maduro.
A declaração de oposição do governo americano se opõe completamente à posição defendida pelo ditador Nicolás Maduro, e do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) que afirmou que o governo Maduro havia vencido a eleição no domingo.
Grande parte das nações da comunidade internacional tem se posicionado contra a vitória de Maduro, que é acusado de não ter apresentado as atas eleitorais correspondentes à vitória. Os Estados Unidos são a mais importante entre essas nações.
O Conselho Nacional da Venezuela ainda não apresentou a totalidade das atas de votação, o que corrobora o argumento do candidato de oposição, Edmundo González, de que o atual ditador do país manipulou os dados.
Embora alguns líderes tenham manifestado apoio a González nos últimos dias, os Estados Unidos são a maior nação a reconhecê-lo como vencedor.
A decisão poderá desagradar o ditador venezuelano, que há muito caracteriza a Casa Branca como um grupo de imperialistas que interferem nas gestões de outros países.
No entanto, não fica claro se a declaração terá alguma interferência na liderança de Maduro no país.
Em nota, Blinken afirmou que "dada a evidência esmagadora, está claro para os Estados Unidos e, mais importante, para o povo venezuelano que Edmundo González Urrutia obteve a maioria dos votos."
Também parabenizou o líder da oposição pelo resultado:
"Parabenizamos Edmundo González Urrutia por sua campanha bem-sucedida". Agora é o momento para os partidos venezuelanos iniciarem discussões sobre uma transição respeitosa e pacífica de acordo com a lei eleitoral venezuelana."
O ditador não se manifestou imediatamente sobre o pronunciamento do governo Biden. No entanto, logo após, escreveu na plataforma de mídia social X que estava disposto a conversar com os Estados Unidos "se o governo dos EUA estiver disposto a respeitar a soberania e parar de ameaçar a Venezuela."
A candidatura de González, apoiada por uma popular líder da oposição, María Corina Machado, representou a ameaça eleitoral mais significativa para Maduro desde que assumiu o cargo em 2013.
O movimento que Maduro lidera, conhecido como Chavismo, controla a Venezuela há um quarto de século, desde que seu antecessor, o presidente Hugo Chávez, foi eleito, prometendo uma revolução socialista. Sob sua liderança, o governo se tornou autoritário, prendendo dissidentes, reprimindo protestos com força e manipulando eleições a favor do partido no poder.
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