Um fungo que transforma o plástico em energia?
O protagonista é o Pestalotiopsis microspora, um fungo isolado durante uma expedição ao Parque Nacional de Yasuni, no Equador.
O que chamou a atenção dos pesquisadores foi sua habilidade única: ele utiliza poliuretano, um plástico durável e difícil de degradar, como sua única fonte de energia.
O processo ocorre mesmo sem presença de oxigênio, graças a um conjunto de enzimas capazes de quebrar o material em componentes menores.
As enzimas atacam as longas cadeias do poliuretano, desmontando a estrutura sintética até convertê-la em moléculas que o fungo absorve e transforma em energia.
Estudos em laboratórios mostram que fungos degradadores podem atuar até 20 vezes mais rápido quando cultivados em condições otimizadas.
No entanto, os estudos também revelam que o equilíbrio necessário para conseguir a produção em grande escala do fungo é delicado.
O fungo precisa de um ambiente controlado para manter a atividade constante das enzimas, protocolos de segurança que evitem o impacto negativo em ecossistemas onde o fungo cresce; e processos de isolamento para evitar a contaminação.
Se a integração do fungo à tecnologia for bem-sucedido, a gestão de resíduos poderia reduzir o volume de plásticos que chegam aos cursos de água, diz a organização Reforest Nation.
“Essas soluções biotecnológicas poderiam transformar o plástico de um poluente permanente em um recurso recuperável”, disse.
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