Quando as tropas russas cruzaram a fronteira da Ucrânia em fevereiro de 2022, milhões de pessoas tiveram que fugir às pressas. As fronteiras estavam lotadas. Os bancos, fechados. O dinheiro em espécie perdia valor a cada hora.
Foi nesse contexto que um jovem ucraniano chamado Fadey Zahurskyy conseguiu cruzar a fronteira rumo à Polônia com apenas três coisas: um notebook, uma mochila e sua carteira de Bitcoin.
O que para muitos parecia apenas uma aposta financeira, arriscada e volátil, tornou-se, para ele, a única forma de levar sua vida consigo.
Zahurskyy converteu parte de suas criptomoedas em moeda local assim que chegou a Lviv. Com isso, comprou alimentos, pagou transporte e alugou um pequeno apartamento.
Durante os meses seguintes, sobreviveu graças a isso:
“Se eu dependesse de bancos, não teria conseguido sair”, relatou.
Essa história não é isolada
Durante a invasão, a Ucrânia recebeu mais de 100 milhões de dólares em doações via criptomoedas. O governo criou uma carteira oficial de arrecadação em Ethereum e Bitcoin.
Parte dos recursos foi usada para comprar coletes à prova de balas, medicamentos e até drones.
Uma tecnologia forjada em crises
Criado após a crise financeira de 2008, o Bitcoin nasceu para enfrentar aquilo que colapsou bancos e arruinou moedas: a centralização.
Seu funcionamento não depende de governos, bancos ou empresas. É sustentado por uma rede descentralizada, resistente à censura e acessível de qualquer lugar do mundo.
Durante a guerra, isso ficou mais evidente do que nunca.
O jornal Exame classificou o Bitcoin como “arma monetária”. A BBC relatou que ele virou a “nova forma de fugir da inflação e da censura”. O próprio vice-primeiro-ministro da Ucrânia agradeceu, publicamente, à comunidade cripto pelo apoio.
Mas o que isso tem a ver com você?








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