Quatro pessoas foram presas hoje na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Entre os removidos pela Polícia Militar estava o deputado Glauber Braga (PSOL/RJ).
“O que está acontecendo aqui é um absurdo completo. Esses estudantes estão lutando para garantir o seu direito de permanecer na universidade. Houve uma proposta dos alunos que estavam na ocupação de abertura da negociação e o que veio como retorno foi bomba. Ou seja, não dá para naturalizar o que está acontecendo aqui”, afirmou em entrevista à Band.
As detenções foram realizadas após um confronto entre a Polícia Militar e um grupo de estudantes. Depois de uma ordem judicial para que o prédio da Universidade fosse desocupado até hoje às 13h40, o conflito se iniciou. A situação se agravou de modo que a tropa de choque da PM precisou ser acionada.
As detenções foram o ápice de uma crise que já dura vários dias. Há 56 dias, os estudantes ocupam a instituição. Eles protestam contra o corte de verba para benefícios estudantis concedidos pela instituição.
Na quarta-feira, às 13h40, a UERJ foi notificada sobre a determinação da desocupação. Os estudantes teriam 24 horas para desocupar o hall de entrada, as salas de aula e a área administrativa da universidade.
Caso a determinação não fosse cumprida, seriam aplicadas multas. Por outro lado, a decisão afirma que deve ser preservado o direito dos alunos de se manifestarem nos halls do prédio, entre 22h e 6h, sem prejuízos ao funcionamento da universidade.
Há pouco mais de dois meses, a Universidade reduziu os auxílios concedidos aos estudantes, incluindo os para custeio de alimentação e transporte. Também foi reduzido o valor da bolsa de apoio à vulnerabilidade social.
A Reitoria justificou os cortes alegando que a universidade enfrenta limitações orçamentárias. Informou ainda que o montante obtido para complementar as despesas será suficiente para manter os auxílios até dezembro, embora com valores reduzidos.
A UERJ tem atualmente cerca de 1,4 mil alunos de baixa renda.
A reitora da UERJ afirmou que os auxílios eram emergenciais e que foram concedidos no período da pandemia. A reitora ressalta que a UERJ não tem mais condição de mantê-los:
“A gente esticou até onde foi possível. Em julho, não havia mais disponibilidade financeira para continuar com esse auxílio, que era emergencial".
A reitora afirma que pede ajuda do governo de estado do Rio de Janeiro para manter os auxílios:
“A gente quer retomar uma política de assistência estudantil que garanta tudo que é necessário para que os estudantes permaneçam na universidade, inclusive, com critérios acadêmicos”, afirma.
O deputado Glauber Braga (PSOL) enfrenta atualmente um processo de cassação no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados. Ele é acusado de ter expulsado um militante do MBL da Câmara dos Deputados a chutes e pontapés.
A ação é do partido Novo, que questiona condutas do deputado em relação a condutas que violam as normas do decore e exigem respeito e decoro nas condutas.
Glauber Braga é um advogado e político brasileiro, atualmente deputado federal pelo Rio de Janeiro, filiado ao Partido Socialismo e Liberdade (PSOL). Ele iniciou sua carreira política em Nova Friburgo, onde ocupou diversas secretarias durante o mandato de sua mãe, Saudade Braga, como prefeita. Glauber foi eleito deputado federal pela primeira vez em 2010, após assumir o cargo de suplente em 2009.
Desde então, tem sido reeleito e atuado em oposição ao que chama de políticas neoliberais e defesa de pautas progressistas. Em 2015, após deixar o Partido Socialista Brasileiro (PSB), filiou-se ao PSOL, onde assumiu papel de liderança, presidindo a Comissão de Educação da Câmara dos Deputados e, em 2017, liderando a bancada do partido no Congresso.
Além de sua atuação parlamentar, Glauber Braga foi candidato à prefeitura de Nova Friburgo nas eleições de 2016, terminando em segundo lugar. Em 2021, lançou sua pré-candidatura à presidência da República pelo PSOL. Rocha é conhecido por sua postura crítica e por discursos inflamados, como o que proferiu durante o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, em 2016, quando se destacou ao criticar duramente o então presidente da Câmara, Eduardo Cunha.
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