Israel deteve uma série de ativistas ao interceptar uma flotilha, conjunto de pequenas embarcações, que navegava rumo à Faixa de Gaza.
Segundo autoridades, a flotilha reunia ao menos 45 barcos, com cerca de 500 pessoas. Os detidos estão sendo levados ao porto de Ashdod e depois serão deportados.
Uma das pessoas mais famosas na flotilha era a ativista ambiental sueca Greta Thunberg, conhecida pelo movimento de greves escolares semanais, Fridays for Future.
Ela apareceu em vídeo divulgado pela chancelaria israelense recebendo água e um casaco de um militar.
Não é a primeira vez que Greta é detida ao tentar entrar na Faixa de Gaza. Ela foi presa juntamente com outros ativistas em junho deste ano por uma ação semelhante.
Na ocasião, as autoridades passaram vídeos dos atentados de 7 de outubro para os militantes, que se recusaram a assistir. Posteriormente eles foram levados a seus países de origem.
O Ministério das Relações Exteriores de Israel classificou a embarcação como um "iate de celebridades para selfies" e destacou que a quantidade de recursos que eles levavam não teria impacto para os palestinos em Gaza.
Desta vez, as embarcações contam com mais tripulantes, inclusive ao menos 10 cidadãos brasileiros. Veja abaixo quem são alguns dos militantes mais conhecidos a participarem da expedição.
Nkosi Zwelivelile “Mandla” Mandela é neto de Nelson Mandela, líder conhecido por sua luta contra o regime de segregação racial na África do Sul.
Mandla é deputado nacional desde 2009, pelo Congresso Nacional Africano (ANC), partido de seu avô.
Ele sempre foi um grande defensor da causa palestina, em parte por causa da relação de proximidade e apoio entre seu avô e o líder palestino Yasser Arafat.
Em 2015, Mandla passou por um processo de conversão ao islã, passando a praticar a religião simultaneamente às tradições do clã thembu, do qual é líder desde a morte de seu pai em 2007.
Ele já foi alvo de polêmicas após discursar no Iêmen e conduziu a plateia em cânticos de apoio ao Hamas, Hezbollah e aos rebeldes Houthis.
Antes de integrar a Flotilha Global Sumud rumo a Gaza, interceptada por Israel, declarou à Reuters que a vida dos palestinos sob ocupação seria “pior” do que a do povo negro sob o apartheid. Israel rejeita a comparação.
Após as detenções ligadas à flotilha, o governo sul-africano cobrou a libertação dos ativistas e afirmou que a interceptação violou o direito internacional e ordem da Corte Internacional de Justiça para não impedir ajuda humanitária.
Deputada federal pelo PT do Ceará, 56 anos, em seu segundo mandato. Foi prefeita de Fortaleza por duas gestões, além de vereadora, deputada estadual e presidente do PT na capital.
Segundo a Câmara dos Deputados, Luizianne encontra-se em missão oficial, sem ônus para a Casa, entre 30 de agosto e 5 de outubro.
Ela divulgou um vídeo nas redes sociais no qual afirma ter sido “sequestrada” por Israel e pede que o governo corte quaisquer relações políticas e econômicas com Israel.
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos), afirmou que contactou o Itamaraty para entrar em contato com as autoridades de Israel:
“Em contato com o Ministro das Relações Exteriores, embaixador Mauro Vieira, solicitei o apoio do Itamaraty para que a parlamentar e os demais cidadãos brasileiros capturados recebam a devida proteção consular”.
Entre os detidos haviam três militantes do PSOL que divulgaram uma mensagem em vídeo que seria divulgada caso eles fossem detidos.
A vereadora Mariana Conti (PSOL-Campinas) pediu que os militantes do partido pressionem o governo a exigir sua libertação:
“Eu peço a sua ajuda para que pressione o governo brasileiro ou o governo dos meus camaradas para que sejamos imediatamente libertados da prisão”.
A presidente do PSOL no Rio Grande do Sul, Gabi Tolotti, pediu que o governo brasileiro corte as relações formais com Israel:
“Diga ao governo brasileiro para acabar com a publicidade com o estado de Israel e me levar de volta para casa.”
Na gravação, todos falaram que foram “sequestrados” e levados contra a vontade para Israel.
Outro brasileiro que foi detido pelos israelenses foi o influenciador Thiago Ávila. Ele começou seu trabalho político em 2006, após ver a vitória de Evo Morales para a presidência da Bolívia.
Com mais de 860 mil seguidores no Instagram, atuou em regiões como:
Nos últimos anos, coordenou caravanas solidárias a Cuba que reúnem mais de 100 brasileiros por edição.
Os participantes levando doações, realizam trabalhos sociais e são apresentados a políticas públicas da ditadura socialista que controla a ilha.
Fundou o Movimento Bem Viver, voltado à integração entre natureza e sociedade, além de ajudar a criar os coletivos de esquerda como o Insurgência e Subverta.
Ele era um dos tripulantes da embarcação apreendida por Israel em junho, juntamente com Greta Thunberg e Rima Hassan.
A parlamentar francesa é membro do Parlamento Europeu e filiada ao partido de esquerda França Insubmissa, um dos maiores do país.
Hassan está fortemente ligada à questão no Oriente Médio, ela mesma nasceu em um campo de refugiados palestinos perto de Alepo e se mudou para a França ainda criança, se naturalizando.
Ex-prefeita de Barcelona é conhecida como uma ativista catalã ligada ao partido separatista de esquerda Barcelona em Comum.
Ela foi detida no navio Sirius. Antes de perder o contato, publicou um vídeo semelhante ao de outros ativistas, no qual fala que foi detida ilegalmente por Israel.
Na gravação, Ada diz que não terá acesso a telefone e internet por tempo indeterminado, além de pedir que seus seguidores pressionem o governo espanhol a pedir por sua libertação e a abertua de um corredor humanitário em Gaza.
“Se você está vendo este vídeo é porque Israel nos deteve ilegalmente... Peço que seja nossa voz, faça o máximo de barulho possível, pressione os nossos governos para que nos liberem imediatamente e nos permitam abrir um corredor humanitário com Gaza”
Entenda a guerra no Oriente Médio para além das narrativas da mídia ocidental com o documentário From the River to the Sea. Assista completo abaixo:
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