Conheça a história de Frei Damião
O Venerável Frei Damião, título concedido pelo Vaticano em 2019 por reconhecer o grau heróico com que o padre viveu as virtudes cristãs, foi um grande evangelizador do Nordeste.
No dia 05 de novembro de 1898 nasceu em Bozzano, na Itália Pio Giannotti. Aos 16 anos, entrou para a Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, dando início à vida religiosa no período conhecido como noviciado.
No ano seguinte, em 1915, emitiu a profissão religiosa e recebeu o nome de Frei Damião. Em maio de 1931, foi designado para uma missão de evangelização na região Nordeste do Brasil.
Residindo no Convento da Penha, em Recife, Frei Damião deu início às missões evangelizadoras no Brasil junto dos freis Inácio de Carrara e Bento de Terrinca.
Entre 1931 e 1983, realizou diversas missões por todo o nordeste. Frei Damião atraiu multidões com seus sermões e sua fama de milagreiro. Todos desejavam se confessar com o frade.
Ele evangelizou os estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Alagoas, Ceará e Sergipe. As missões duravam de sete a quinze dias, dependendo das necessidades do lugar.
A chamada Semana Missionária que promovia contava com: a Santa Missa, o atendimento às Confissões, os Sermões e as visitas aos doentes e encarcerados.
Multidões iam ao seu encontro para ouvi-lo e tocá-lo. Tinha fama de curandeiro e conselheiro. Era estimado e reverenciado por todas as pessoas.
Frei Damião escreveu um único livro intitulado “Em defesa da fé”, com o objetivo de catequizar o povo.
Ao morrer, deixou um sentimento de orfandade pois muitos o tinham como um pai espiritual. Há diversos relatos de graças alcançadas e possíveis milagres, realizados por sua intercessão.
Foi cantado por poetas e músicos e está presente em outras expressões culturais: da literatura de cordel às artes plásticas. Sua memória permanece viva, tornou-se um ícone religioso e cultural do povo nordestino.
No episódio 01 de Brasil Raiz, a tia do Rasta recorda o contato que teve com Frei Damião:
"Nas missões… eram multidões! Hoje, se você ver a época em que ele morreu, em maio, no túmulo dele não cabia ninguém."
Para tia Herotides, a presença do frei era algo maior:
"Todas as vezes que eu tive com ele, eu me senti tão bem, a gente sabia que estava ali na presença de algo divino!
Mas tinha que gostar de rezar, era um terço atrás do outro."