Logo após ter anunciado que está fora do Brasil, a deputada Carla Zambelli (PL-SP) anunciou nesta terça-feira (3) à CNN que estava na Itália. Posteriormente, seu marido confirmou que eles estão nos Estados Unidos e deverão seguir para a Itália, onde ela não poderá ser deportada.
Alegou também que a viagem foi motivada por um tratamento médico e que pretende se estabelecer na Europa, onde tem cidadania italiana. Zambelli também informou que pedirá licença do mandato na Câmara dos Deputados.
A condenação é justificada por sua suposta participação na invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em colaboração com o hacker Walter Delgatti Neto.
A pena inclui regime reclusão em regime fechado, multa de R$ 2 milhões e perda do mandato parlamentar, além da inelegibilidade por oito anos — que só começa a contar após o cumprimento da pena.
Em uma transmissão ao vivo no YouTube, a deputada afirmou que está “em busca de resistência” e denunciou o que chamou de “ditadura judicial” no Brasil. Também enfatizou que vai recorrer a tribunais europeus para expor o que considera violações à liberdade de expressão e perseguição política.
Ao afirmar que irá conduzir suas denúncias contra os abusos fora do país, mencionou Portugal, Espanha, Itália e França como países onde pode fazê-lo.
"Me cansei de ficar calada diante da pressão judicial que tenho sofrido" “Aqui fora posso falar com mais tranquilidade, sem medo de ser ainda mais perseguida”, ao criticar as decisões do STF e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que, segundo ela, teriam favorecido a derrota de Jair Bolsonaro em 2022.
Ela negou responsabilidade pelo episódio em que perseguiu armada um homem em São Paulo durante o segundo turno das eleições, dizendo ter sido usada como "bode expiatório".
Disse ainda que as urnas eletrônicas brasileiras “não são confiáveis” e defendeu o retorno do voto impresso, declaração que, segundo a própria deputada, não poderia fazer em solo brasileiro sem risco de sofrer punições judiciais.
Zambelli também alegou estar doente por não poder expressar suas opiniões livremente no Brasil, denunciando “amarras” que, segundo ela, limitam a atuação do Congresso.
A deputada afirmou que sua mãe passará a administrar suas redes sociais e que já solicitou a substituição do nome de usuário para evitar a perda de seguidores em caso de decisão judicial.
A defesa de Zambelli ainda não se pronunciou oficialmente. O Supremo, por sua vez, avalia a possibilidade de decretar prisão preventiva e acionar a Interpol. Ministros da Corte veem o movimento como uma possível fuga do país.
Após organizar uma “vaquinha online” para ajudar a pagar multas decorrentes de condenações impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que arrecadou R$285 mil reais.
A campanha foi iniciada em 19 de maio de 2025 e tinha o objetivo de arrecadar o valor que afirma ser necessário para pagar todas as multas e despesas processuais: R$3 milhões.
Carla Zambelli foi condenada pelo STF a 10 anos de prisão e ao pagamento de R$2 milhões por danos morais coletivos relacionados à invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Além disso, em fevereiro de 2024, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aplicou uma multa de R$30 mil à deputada, sob justificativa de que ela teria divulgado informações falsas sobre o processo eleitoral e o aplicativo e-Título durante a campanha de 2022.
A deputada nega ter cometido qualquer crime e alega ser vítima de perseguição política. Em sua publicação, afirmou enfrentar a situação com o “coração apertado”, mas disposta a “enfrentar tudo de cabeça erguida”.
Por outro lado, opositores afirmam que ela tenta fugir do país.
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