O conclave para escolher o sucessor do Papa Francisco começa amanhã, 7 de maio de 2025. Ao todo, 133 cardeais-eleitores se reunirão na Capela Sistina. Eles estarão sob juramento de sigilo absoluto.
O processo segue regras rígidas definidas pela constituição apostólica Universi Dominici Gregis. Após o Mestre de Celebrações Litúrgicas, Dom Diego Ravelli, declarar "Extra omnes" ("Todos para fora"), apenas os cardeais eleitores ficarão no local. Estarão completamente isolados do mundo exterior.
Qualquer violação do sigilo é punida severamente. Vazamentos sobre discussões ou votos resultam em excomunhão automática, segundo o direito canônico.
Um forte aparato garante o isolamento. Celulares, computadores e tablets são proibidos. Os cardeais entregam seus dispositivos antes de entrar na Capela Sistina.
Não há acesso à internet ou a qualquer meio de comunicação. Jornais, rádios e TVs também são vetados. Correspondências são proibidas. Livros só são permitidos se forem de natureza litúrgica ou teológica. Técnicos do Vaticano realizam varreduras constantes na Capela Sistina.
Usam bloqueadores de sinal e outras tecnologias. O objetivo é detectar e neutralizar qualquer tentativa de espionagem. O custo estimado para a realização do conclave é de R$ 11,2 milhões (aprox. US$ 2 milhões).
O sigilo absoluto tem um propósito claro. Busca preservar a liberdade e a independência dos cardeais eleitores. Eles vêm de 71 países diferentes. Cerca de 60% deles são de fora da Europa.
O isolamento permite que discutam e votem sem pressões externas, políticas ou midiáticas. No entanto, há críticas.
Alguns questionam se o isolamento total ainda é adequado no mundo atual. Segundo a Reuters, defensores, como o teólogo Thomas Reese , argumentam que o sigilo é vital. Ele protegeria a Igreja e a integridade da escolha do novo pontífice.
Garantir o sigilo no século XXI exige tecnologia avançada. O Vaticano investe em segurança. Estima-se um custo de R$ 5,6 milhões (aprox. US$ 1 milhão) apenas em medidas de segurança cibernética e contra espionagem para o conclave.
A busca por microfones ou câmeras escondidas é minuciosa. Outro desafio é a desinformação.
Notícias falsas sobre o processo podem circular externamente nas redes sociais. Internamente, o colégio eleitoral está ligeiramente reduzido. Dois cardeais não participarão por motivos de saúde (Vinko Puljić e Antonio Cañizares Llovera). Restam 133 eleitores.
A eleição exige maioria de dois terços (89 votos), o que pode prolongar o processo.
O jornalismo da Brasil Paralelo existe graças aos nossos membrosComo um veículo independente, não aceitamos dinheiro público. O que financia nossa estrutura são as assinaturas de cada pessoa que acredita em nossa causa.Seja também um membro da Brasil Paralelo e nos ajude a expandir nosso jornalismo. Clique aqui.
Cupom aplicado 37% OFF
Cupom aplicado 62% OFF
MAIOR DESCONTO
Cupom aplicado 54% OFF
Assine e tenha 12 meses de acesso a todo o catálogo e aos próximos lançamentos da BP