Especial de Natal 2025
LIBERE O BÔNUS ESPECIAL
00
D
00
H
00
M
00
S
December 15, 2025
GARANTIR OFERTA
This is some text inside of a div block.
3
min de leitura

Heading

Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Suspendisse varius enim in eros elementum tristique. Duis cursus, mi quis viverra ornare, eros dolor interdum nulla, ut commodo diam libero vitae erat. Aenean faucibus nibh et justo cursus id rutrum lorem imperdiet. Nunc ut sem vitae risus tristique posuere.

Por
This is some text inside of a div block.
Publicado em
This is some text inside of a div block.
This is some text inside of a div block.
Aborto
3
min de leitura

Comitê da ONU pressiona o Brasil para legalizar aborto e acusa país de não combater o “fundamentalismo religioso” dos conservadores

Na sabatina de que participou em Genebra a Ministra da Mulher, Cida Gonçalves, sofreu pressão para que o Brasil descriminalize a prática do aborto. Se a recomendação foi transformada em lei, médicos podem ser obrigados a realizar o procedimento.

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
4/6/2024 19:49
Foto: Pro-Life Flag Project - Guiame.com/Reprodução

O Comitê da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra Mulheres (CEDAW) está pressionando o governo a descriminalizar o aborto no Brasil e, em um segundo momento, torná-lo legal.  

A justificativa apresentada pelo grupo é o fato de 12,5 mil meninas entre 8 e 14 anos terem engravidado em 2023, segundo dados do governo brasileiro apresentados a ONU. 

No mês passado, peritas do Comitê avaliaram a situação do Brasil em relação aos direitos da mulher e afirmaram acreditar que a criminalização do aborto “viola os direitos sexuais reprodutivos das brasileiras”.  

As especialistas da comissão enfatizaram que o país precisa reduzir os índices de morte materna. Afirmaram ainda ser obrigação do Estado abordar o que chaamam de causas fundamentais, como complicações obstétricas, gravidez precoce e o que classificaram como “abortos inseguros”.

Overton: informação imparcial e análise profunda, direto no seu e-mail. Assine agora!

Grupo também pressionou a ministra a pedir maior orçamento para a defesa das mulheres

As representantes do comitê também enfatizaram a importância de um maior orçamento para a pasta e a necessidade de mais mulheres participarem da política e da vida pública.

Elas recomendaram que sejam realizadas ações afirmativas como cotas, bolsas de estudo especiais e incentivos financeiros para a contratação de mulheres. 

Por fim, o grupo sugeriu que haja recrutamento preferencial de mulheres para o serviço público e alteração das leis eleitorais para exigir a paridade de gênero nas estruturas dos partidos políticos e nas listas eleitorais.

Conservadores seriam uma ameaça aos direitos das mulheres

Um dos pontos abordados pelo grupo foi o que chamou de "persistência de padrões socioculturais marcados pela discriminação de gênero e profundamente enraizados em estruturas patriarcais".

Gebedemah recomenda finalmente que o Brasil execute ações de educação sobre igualdade de gênero. De acordo com o documento, é importante considerar  que o país precisa criar campanhas para combater o que considera atitudes e estereótipos sobre as responsabilidades de mulheres e homens na família e na sociedade.

A perita Hilary Gbedemah disse, em seu parecer, que tais valores se devem ao “fundamentalismo religioso” e ao fortalecimento do que classificou como “narrativa conservadora”. Ela alega que tais práticas minariam a igualdade de gênero e os direitos das mulheres. 

O que é fundamentalismo religioso?

Conforme definição apresentada por uma revista da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC/Minas) , o termo usado pela perita para classificar a forma como o brasileiro se comporta significa “fundamentalismo” é um movimento ou uma corrente de pensamento que prega obediência literal e rigorosa a um conjunto de princípios fundamentais”   A definição está associada a grupos que impõem a toda a sociedade suas ideias, como os terroristas islâmicos. 

Na prática, um país fundamentalista professa uma única religião e a impõe a todos os seus habitantes. O Brasil é um Estado Democrático de Direito onde metade se declara católico e 31% evangélico. Os dados são do IBGE, divulgados em pesquisa de 2020. 

No país ainda coexistem as religiões espíritas e de matriz africana. Há também os ateus e ateístas. Os dados foram divulgados pelo IBGE em 2020.

Em um Estado fundamentalista existe apenas a religião oficial. Não professá-la é passível de pena de morte, como em locais como o Irã. A lei brasileira determina na Constituição que o Estado é laico, o que significa que não tem religião oficial. 

A liberdade religiosa também é um princípio constitucional, ao contrário de locais fundamentalista como afirma a perita 

O que acontece se o governo ceder à pressão do grupo? 

Caso a pressão surta efeito, a governo poderá apresentar projeto de lei ao Congresso Nacional, solicitando a flexibilização das regras para a legalização do aborto. A interrupção de gravidez hoje é permitida por lei em três situações: 

  • Anencefalia do feto;
  • Risco de vida para a mãe;
  • Gestação em decorrência de estupro;

Caso atenda às exigências da comissão, o governo pode não apenas descriminalizar o aborto no Brasil, mas torná-lo legal. 

Apesar de parecer significar a mesma coisa, descriminalizar e tornar legal são coisas diferentes e que impactarão diretamente no dia a dia dos médicos. 

Descriminalizar significa que o ato deixa de ser crime, podendo a pessoa ou não escolher praticá-lo. Tornar legal significa que quem não praticar o ato comete crime. Isso significa que caso se recusem a realizar o procedimento, médicos passam a cometer um crime.

Essa determinação está no inciso II do artigo 5º da Constituição de 1988, que diz que ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei. Por outro lado, o inciso IV do mesmo artigo diz que é inviolável a liberdade de consciência. 

Na prática uma possível legalização do aborto no Brasil poderia criar uma batalha nos tribunais caso um médico alegasse objeção de consciência, aumentando a demanda do já sobrecarregado poder judiciário. 

Defender o direito à vida desde a concepção pode se tornar para profissionais que fizeram o juramento de hipócrates motivo de aflição, perda financeira e desgaste emocional.

Relacionadas

Todas

Exclusivo para membros

Ver mais