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Atualidades
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Claudia Leitte cometeu racismo religioso? Ministério Público da Bahia investiga o caso

A artista foi criticada após alterar um pequeno trecho de uma música lançada em 2004.

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
21/12/2024 14:43
reprodução redes sociais

O Ministério Público da Bahia (MP-BA) confirmou que abriu uma investigação contra a cantora Cláudia Leitte. O inquérito investiga se ela cometeu racismo religioso ao mudar o nome de um orixá em uma música, durante uma performance em Salvador. 

Claudia alterou um dos versos de uma de suas canções mais populares. Ao cantar “Caranguejo”, ela mudou o verso "Joga flores no mar/Saudando a rainha Yemanjá" para "Joga flores no mar/Só louvo meu rei Yeshua"
  • Yeshua é a tradução de Jesus em hebraico. 

O incidente aconteceu no sábado, dia 14 de novembro, durante o primeiro show de ensaio de verão da cantora no Candyall Guetho Square, em Salvador. No local, fica a sede da Timbalada, grupo musical criado por Carlinhos Brown.

A alteração foi alvo de diversas críticas. Composta em 2004, quando Claudia fazia parte do grupo Babado Novo, a música é anterior à conversão da cantora. 

Claudia não é a compositora da canção. Os autores são Alan Moraes, Durval Luz e Luciano Pinto.  

Secretário de Cultura de Salvador critica a mudança

Após a mudança na letra, Pedro Tourinho, secretário de Cultura e Turismo de Salvador, criticou a mudança sem mencionar a cantora de modo direto. Ele afirmou em seu perfil do Instagram: 

“Axé é uma palavra de origem yorubá, que tem um significado e um valor insubstituível na cultura e nos cultos de matriz africana. Deste mesmo lugar, e com essa mesma importância, vêm também os toques de percussão que sustentam, dão identidade e ritmo à chamada Axé Music. Sempre há tempo para refletir, entender, mudar e reparar, mesmo após os 40 anos”. 

‍Tourinho continuou: “O papel da cultura negra no axé music, o protagonismo dos cantores brancos, com os negros na composição e na ‘cozinha’, são fatos que não podem ser contornados. Não é para se fazer caça às bruxas, mas sim fazer justiça e colocar tudo no seu devido lugar”, continuou. 

Em seguida, as críticas ficaram mais claras: 

"Quando um artista se diz parte desse movimento [ o Axé Músic], saúda o povo negro e sua cultura, reverencia sua percussão e musicalidade, faz sucesso e ganha muito dinheiro com isso, mas de repente, escolhe reescrever a história e retirar o nome de Orixás das músicas, não se engane: o nome disso é racismo". 

Anteriormente, Tourinho havia discutido o papel da cultura negra no Axé Music e a predominância de cantores brancos em destaque, enquanto artistas negros ficaram nos bastidores, ao longo de 40 anos da história do gênero.

Em um segundo momento, Tourinho atualizou sua publicação para apaziguar os ânimos:

“Essa questão que levantei é muito mais sobre o todo do que sobre a parte, e maior e mais endêmica do que qualquer caso isolado. Sei que perde-se controle, mas a intenção não é alimentar hate contra ninguém, e sim puxar a discussão como um todo sobre a necessidade de saber o que é o Axé e reconhecer toda a história. Fechei comentários porque a discussão estava indo na direção errada.”

A denúncia 

O Ministério Público da Bahia anunciou que a denúncia foi apresentada pela Iyalorixá Jaciara Ribeiro, juntamente com o Instituto de Defesa dos Direitos das Religiões Afro-Brasileiras (Idafro). Esta denúncia será encaminhada à Promotoria de Justiça de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa, que conduzirá uma investigação sobre a possível prática de racismo religioso. A apuração focará na violação de bens culturais e nos direitos das comunidades religiosas de matriz africana.

Desde que o caso ganhou repercussão, Claudia Leitte não se manifestou. 

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