A Administração do Ciberespaço da China iniciou uma campanha de dois meses para censurar postagens que transmitem sentimentos negativos e pessimistas.
Para a agência, o objetivo é “retificar emoções negativas” e “criar um ambiente online mais civilizado e racional”.
Segundo informações da BBC, o foco é combater postagens que estimulem narrativas como “estudar é inútil”, “trabalho duro é inútil”.
O país vem passando por uma onda de pessimismo entre jovens, causada por uma desaceleração econômica após a crise imobiliária.
Essa camada da população tem enfrentado uma competição feroz por vagas em universidades e empregos.
Influenciadores têm sido alvos da censura imposta pelo partido comunista, perdendo suas contas sem saber o motivo.
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Foi o que aconteceu com Hu Chenfeng, que teve todas as suas publicações apagadas sem uma justificativa do governo.
Ele pode ter sido alvo do governo por causa de um comentário viral no qual classificava as pessoas como “Apple” ou “Android".
É uma referência aos celulares da marca americana, conhecidos por serem caros, e os que utilizam o sistema Android, normalmente mais baratos.
“Esse é um típico raciocínio Android, pessoa Android, qualificação Android”, comentou.
Brincadeiras sobre desigualdade, como essa, não são bem vistas pelo Partido Comunista, já que reforçam divisões no país.
As empresas por trás das plataformas também estão sendo alvos da censura do governo.
A Administração do Ciberespaço anunciou que vai impor “punições severas” contra redes sociais que não impedissem o avanço de “conteúdos negativos”.
Essa categoria também compreende questões como “sensacionalização da vida pessoal de celebridades” e outras “informações fúteis”.
“Um ciberespaço claro e saudável é do interesse do povo”, afirmou a Administração do Ciberespaço.
A internet chinesa é marcada pela censura contra opositores políticos e o forte controle do Partido.
Ano passado, o regime intensificou o controle sobre o que seus cidadãos veem e falam na internet.
A ditadura comunista não persegue apenas quem o critica online, mas agora também mira os seguidores dessas vozes dissidentes.
Para silenciar opositores, o governo passou a monitorar quem usa ferramentas como VPN para acessar plataformas proibidas no país, como Discord, X e YouTube.
Cidadãos que seguem ou interagem com influenciadores críticos, mesmo que não os conheçam pessoalmente, estão sendo interrogados.
Além disso, familiares de chineses que vivem no exterior estão sendo pressionados para que convençam seus parentes a deixar de seguir contas consideradas problemáticas.
Essa repressão faz parte de uma campanha do ditador Xi Jinping para combater o que ele chama de "boatos online".
Mesmo com esse controle rígido, essa é a primeira vez que o governo começa a censurar cidadãos apenas por estarem pessimistas sobre o futuro.
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