This is some text inside of a div block.
3
min de leitura

Heading

Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Suspendisse varius enim in eros elementum tristique. Duis cursus, mi quis viverra ornare, eros dolor interdum nulla, ut commodo diam libero vitae erat. Aenean faucibus nibh et justo cursus id rutrum lorem imperdiet. Nunc ut sem vitae risus tristique posuere.

Por
This is some text inside of a div block.
Publicado em
This is some text inside of a div block.
This is some text inside of a div block.
Atualidades
3
min de leitura

Câmara revoga norma do Conanda que autorizava aborto de menores sem ciência dos pais

Governo Lula e Ministério das Mulheres criticam a medida.

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
6/11/2025 19:14
Câmara dos Deputados

O debate sobre o aborto ganhou um novo capítulo em Brasília. A Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Decreto Legislativo (PDL 03/2025).

O texto suspende uma resolução do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) sobre o atendimento a meninas e adolescentes vítimas de violência sexual.

A proposta, de autoria da deputada Chris Tonietto, recebeu 317 votos favoráveis e 111 contrários e agora segue para análise do Senado Federal. O relator foi o deputado Luiz Gastão (PSD-CE), coordenador da Frente Parlamentar Católica.

O texto aprovado anula a Resolução 258/2024 do Conanda, que estabelecia diretrizes para o atendimento prioritário de crianças e adolescentes vítimas de estupro, inclusive sobre o acesso ao aborto nas situações previstas em lei.

  • Gostaria de receber as principais notícias do dia diretamente em seu E-mail, todos os dias e de graça? Assine o Resumo BP, a newsletter de jornalismo da Brasil Paralelo. Clique aqui e aproveite.

O que muda com o projeto?

A resolução do Conanda previa que a interrupção da gravidez em casos de violência sexual não dependeria de boletim de ocorrência nem de decisão judicial.

O texto também dispensava a autorização dos pais quando houvesse suspeita de que o abuso ocorreu dentro da própria família.

Além disso, também determinava que a recusa de médicos em realizar o procedimento, com base em desconfiança da vítima, seria considerada conduta discriminatória e não objeção de consciência.

Os autores do PDL alegam que essas regras extrapolavam a competência do conselho e contrariam o Código Penal, que define a necessidade de consentimento dos responsáveis legais por menores de idade.

De acordo com Chris Tonietto, a resolução criava uma “autonomia decisória completa” para crianças e adolescentes e permitiria, na prática, “a submissão quase compulsória ao aborto” sem garantias de segurança médica.

Para Andrea Hoffman, presidente do Instituto Isabel, o resultado da votação reflete um sentimento presente em parte da sociedade brasileira.

Em entrevista à Brasil Paralelo, ela afirma que o Parlamento expressou o desejo de “preservar a vida e respeitar a Constituição na defesa do direito à vida e do direito dos pais sobre seus filhos quando estes se encontram em uma situação como essa”.

Os pais, obviamente, quando não há crimes envolvidos, precisam estar atentos e ajudar seus filhos a discernir as coisas, assim como deve ser respeitado também o direito dos avós de terem seus netos.”

O que diz o governo?

O Ministério das Mulheres e outras pastas do governo Lula, incluindo Justiça e Direitos Humanos, se mobilizaram nas últimas semanas para tentar barrar o projeto.

Em nota, o ministério afirmou que o PDL representa “um retrocesso na proteção de meninas vítimas de violência sexual”.

A pasta destacou que a resolução do Conanda não cria novos direitos, mas apenas orienta a aplicação de leis já existentes.

“Entre 2013 e 2023, o Brasil registrou mais de 232 mil nascimentos de mães com até 14 anos, gestações infantis decorrentes de estupro de vulnerável”, diz o comunicado.

De acordo com o governo, apenas 154 meninas em todo o país conseguiram acesso ao aborto legal em 2023.

O ministério argumenta ainda que a gestação forçada é uma das principais causas de evasão escolar feminina e leva à morte de uma menina por semana no Brasil.

Como a votação foi conduzida?

A proposta foi votada em regime de urgência, ou seja, sem passar por todas as comissões e com análise imediata pelo plenário.

O pedido de urgência foi aprovado minutos antes da votação do texto principal, que contou com apoio de partidos de centro e direita, enquanto a base governista votou contra.

Durante a sessão, deputados favoráveis ao projeto defenderam que a resolução do Conanda retira dos pais o direito de decidir sobre o procedimento e fere o princípio da autoridade familiar.

Parlamentares contrários, por outro lado, afirmaram que o texto dificulta o acesso de meninas vítimas de estupro a serviços de saúde e proteção previstos em lei.

Com a aprovação na Câmara, o projeto segue agora para o Senado, onde precisa de maioria simples para ser validado.

Se o texto for aprovado, a resolução do Conanda será revogada e os serviços de saúde deverão seguir apenas as normas do Ministério da Saúde e o Código Penal.

Os defensores do PDL afirmam que a proposta restabelece limites legais e protege o papel dos pais em decisões médicas envolvendo menores.

Aprofunde-se no debate sobre o aborto e na importância da defesa da vida com o original BP Duas Vidas: do que estamos falando quando falamos sobre aborto. Assista gratuitamente abaixo.

O jornalismo da Brasil Paralelo existe graças aos nossos membros

Como um veículo independente, não aceitamos dinheiro público. O que financia nossa estrutura são as assinaturas de cada pessoa que acredita em nossa causa. 

Quanto mais pessoas tivermos conosco nesta missão, mais longe iremos. Por isso, agradecemos o apoio de todos. 

Seja também um membro da Brasil Paralelo e nos ajude a expandir nosso jornalismo. 

Clique aqui.

Relacionadas

Todas

Exclusivo para membros

Ver mais