Supermercados de São Paulo estão adotando medidas de segurança para proteger produtos cujo valor subiu exponencialmente. Café, picanha, azeite, bacalhau e até creme de avelã agora aparecem trancados em grades, com lacres ou etiquetas antifurto.

Em todas as regiões da capital, foram encontradas unidades do Carrefour Express e Mini Extra com pacotes de café guardados atrás de grades.

• Em geral, a proteção é voltada para marcas populares, cápsulas ou versões premium seguem expostas nas prateleiras.

Em uma unidade do Extra no Grajaú, cerca de 300 pacotes de café Pilão foram furtados, o que levou o supermercado a adotar lacres nos produtos.
“Quanto mais abasteciam, mais roubavam”, disse um promotor da marca.

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O aumento tem impactado o consumo de café entre os brasileiros

O café teve alta acumulada de 77,78% nos últimos 12 meses, segundo o IBGE. Só em março, o aumento foi de 8,14%. A inflação generalizada dos alimentos tem afetado diretamente o consumo: quase metade dos brasileiros reduziram o uso do café, de acordo com o Datafolha.

O que esperar?

A expectativa é de que os preços continuem elevados em 2025, por conta da chamada bienalidade negativa, uma característica fisiológica da planta que reduz a produção após um ano de alta produtividade.

O preço tem subido mesmo com o crescimento do PIB

Mesmo com o crescimento do PIB brasileiro, os preços continuam subindo. Em tese, o crescimento econômico deveria contribuir para maior estabilidade nos preços.

Mas o IPCA de março avançou 0,56% e a inflação anual bateu 5,47%, acima do teto da meta do Banco Central (4,5%).

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