Uma carta escrita por um detento. Um pedido direto: livros. A resposta veio em forma de 1.500 volumes entregues pessoalmente pelo presidente da Biblioteca Nacional. A cena aconteceu na Cadeia Pública de Resende, no Rio de Janeiro. Mas o impacto vai além dos muros da unidade.
Envolve a criação de uma nova sala de leitura, o testemunho de um ex-detento que virou escritor e um debate mais profundo: pode a leitura mudar destinos?
A carta foi escrita por Australiamar Fernandes, interno da Cadeia Pública Inspetor Luís Fernandes Bandeira Duarte.
Simples, mas incisiva, ela apelava por acesso à leitura como instrumento de transformação. O documento chegou à Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), que acionou a Fundação Biblioteca Nacional.
Marco Lucchesi, presidente da FBN e membro da Academia Brasileira de Letras, não hesitou: foi pessoalmente levar os livros.
Além da doação, a unidade inaugurou uma nova sala de leitura. Com isso, o acervo saltou para mais de dois mil títulos disponíveis aos internos.







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