O livro mais vendido de todos os tempos: a Bíblia
A Bíblia é o livro mais distribuído, traduzido e lido da história. Estimativas de sociedades bíblicas indicam bilhões de cópias produzidas ao longo dos séculos, em mais de 3.500 idiomas e dialetos. Nenhuma outra obra chega perto dessa escala.
Como surgiu a Bíblia?
A Bíblia não é um livro único, mas uma coleção de livros, escritos ao longo de mais de 1.000 anos por diferentes autores, em contextos históricos distintos. Seu nome vem do grego ta biblía, “os livros”.
Ela reúne:
- narrativas históricas;
- textos poéticos;
- leis;
- profecias;
- cartas;
- relatos da vida e do ensino de Jesus Cristo.
A Bíblia se divide em duas grandes partes:
Antigo Testamento
Reúne os textos sagrados do povo hebreu. Inclui:
- Gênesis;
- Êxodo;
- Salmos;
- Provérbios;
- Profetas como Isaías e Jeremias.
Novo Testamento
Relata os eventos da vida de Jesus e o surgimento da Igreja cristã. Inclui:
- os quatro Evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas e João);
- Atos dos Apóstolos;
- Cartas de Paulo e outros autores;
- o Apocalipse.
Bíblia Católica x Bíblia Protestante
As duas tradições cristãs compartilham quase todos os textos, mas há diferenças importantes:
Bíblia Católica
- 73 livros;
- Inclui livros como: Tobias, Judite, Sabedoria, 1 e 2 Macabeus.
Bíblia Protestante
- 66 livros;
- Não inclui os deuterocanônicos, chamados por muitos protestantes de “apócrifos”.
Apesar das diferenças, ambas reconhecem o núcleo essencial da tradição judaico-cristã e são as edições mais impressas da história da humanidade.
O livro não religioso mais vendido: o Livro Vermelho de Mao Tsé-Tung
Depois da Bíblia, nenhuma outra obra foi impressa em números tão altos quanto o Livro Vermelho, oficialmente chamado Citações do Presidente Mao Tsé-Tung.
Publicado em 1964, ele reúne discursos e orientações políticas do líder que comandou a revolução chinesa e moldou a vida de centenas de milhões de pessoas durante o século XX.
A obra apresenta a visão de Mao sobre disciplina partidária, mobilização popular, estratégia militar e crítica ao capitalismo. Seu tom direto e prescritivo explica frases que se tornaram mundialmente conhecidas, como “o poder nasce do cano de uma arma”.
O livro se espalhou pela China não apenas pela relevância política, mas por determinação estatal. Durante a Revolução Cultural (1966–1976), sua leitura e posse tornaram-se praticamente obrigatórias para soldados, estudantes e funcionários públicos
A distribuição em massa, muitas vezes gratuita, transformou a obra em um símbolo de adesão ao regime e impulsionou sua circulação para números bilionários.
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O livro de ficção mais vendido: Dom Quixote
Publicado em duas partes, em 1605 e 1615, Dom Quixote, de Miguel de Cervantes, permanece como o romance de ficção mais vendido da história, com estimativas de cerca de 500 milhões de exemplares.
Sua popularidade atravessa séculos, culturas e idiomas, consolidando a obra como um dos pilares da literatura ocidental.
A narrativa acompanha Alonso Quijano, um fidalgo da região da Mancha que, após se perder nas leituras de romances de cavalaria, passa a acreditar ser um cavaleiro andante.
Sob o nome de Dom Quixote, parte em viagens para defender os fracos e lutar pelo que considera justiça, sempre acompanhado de seu fiel escudeiro, Sancho Pança.
O contraste entre o idealismo do cavaleiro e o olhar prático de Sancho produz momentos que combinam humor, crítica social e reflexão sobre o limite entre razão e fantasia.
Desde o século XVII, a obra circula em versões legais e piratas, o que acelerou sua difusão por toda a Europa.
A figura de Dom Quixote superou as fronteiras da literatura e se tornou parte do imaginário cultural global, inspirando adaptações no cinema, no teatro e nas artes visuais.
Também deu origem à expressão “lutar contra moinhos de vento”, usada para descrever batalhas inúteis ou imaginárias.
Livro mais lido de 2025, segundo a Revista Bula
Segundo a Revista Bula, que cruzou rankings do New York Times, Amazon Charts, Circana BookScan, Publishers Weekly, Apple Books e Barnes & Noble, o livro mais lido de 2025 é o Segredo Final de Dan Brown.
A narrativa acompanha um professor de simbologia que chega a uma conferência em Praga e se depara com um crime inesperado.
Chamado pela polícia, ele reencontra uma cientista especializada em estudos da mente e os dois iniciam uma investigação que mistura arte sacra, códigos históricos e debates sobre consciência.
A busca por uma pesquisadora desaparecida coloca a dupla em uma corrida entre cidades da Europa e dos Estados Unidos. Cada pista envolve arquivos monásticos, laboratórios e instituições que preferem manter silêncio.
À medida que o caso avança, eles entendem que não se trata apenas de resolver um crime, mas de impedir que uma descoberta científica ganhe proporções perigosas.
A narrativa combina enigmas, referências clássicas e tensão crescente, enquanto os protagonistas tentam decidir o que deve ser revelado e o que precisa permanecer protegido.
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