Benjamin Netanyahu iniciou seu discurso na Assembleia Geral da ONU afirmando que não iria comparecer ao evento, mas foi para esclarecer algumas mentiras sobre o país que governa:
“Meu país está em guerra, lutando por sua vida”, enfatizou, ditando o tom independente e forte que marcaria todo o discurso.
Enquanto discursava, os ataques foram iniciados. Delagações de vários países do mundo, entre as quais a brasileira, deixaram o plenário antes do discurso.
O primeiro-ministro afirmou que Israel “está vencendo e que não desistirá até conseguir levar os seus cidadãos de volta para casa.”
“Estou aqui hoje para dizer que chega. Não vamos descansar até que nossos cidadãos possam voltar com segurança às suas casas. Não vamos permitir que terroristas na fronteira continuem mantendo um massacre por oito anos”, afirmou.
O primeiro-ministro esclareceu que “Israel deseja a paz e tem trabalhando pela bênção de uma reconciliação histórica entre árabes e judeus". O país trabalhava em um acordo de paz quando os ataques de 7 de outubro começaram:
“Eles assassinaram 1.200 pessoas, estupraram mulheres, decapitaram homens, queimaram bebês vivos. Eles mataram pais, filhos, avós, em algo que pareceu o Holocausto nazista. Eles mataram pessoas de países diferentes e levaram reféns para Gaza. Israel conseguiu recuperar mais de 140 desses reféns”, afirmou.
Ao longo do discurso de 35 minutos, afirmou que há dois caminhos: o de bênção, defendido por Israel, e o de maldição, defendido pelo Irã e seus aliados.
Segundo o chefe de Estado, seu povo é atacado pelo Hezbollah há quase duas décadas. Enfatizou também que “não há lugar no Irã e em todo Oriente Médio que eles não sejam capazes de alcançar”, e que farão o que for preciso para libertar seu povo.
Israel classifica essa guerra como de toda a civilização, especialmente, o Ocidente:
“Nosso inimigo quer não apenas nos destruir. Eles querem destruir a civilização e querem levar todos nós a uma época sombria de terror e ódio.”
No discurso também constou uma mensagem ao Hamas:
“Engreguem-se agora”, afirmou.
“Essa guerra deve acabar agora. Tudo que precisa acontecer é que o Hamas se entregue, entregue suas armas e liberte os reféns. Mas, se eles não fizerem isso, nós iremos lutar até conquistar a vitória, vitória total. Não há substituição para isso.”
Também deixaram claro que não abrem mão de combaterem o Hezbollah:
“O Hezbollah é a organização terrorista por excelência no mundo hoje. Ela tem armas táticas que nos atingem em vários pontos do país. Atacou mais americanos e mais franceses do que qualquer outro grupo, a não ser Bin Laden”, enfatizou. A milícia terrorista sacrifica seu próprio povo, construindo alvos estratégicos próximos a pontos importantes para civis e impedindo que a ajuda humanitária chegue à população.
“Enquanto o Hezbollah existir, Israel não tem escolha”, afirmou.
Netanyahu finalizou dizendo que seu corajoso povo vencerá e vai viver hoje, amanhã e sempre.
Leia o discurso na íntegra:
“Senhor Presidente, senhoras e senhores, eu não tinha planejado vir aqui neste ano. Meu país está em guerra, lutando por sua vida. Mas, depois de ouvir as mentiras dirigidas ao meu país por muitos dos oradores aqui nesta tribuna, decidi vir aqui para falar em nome do meu povo, do meu país, para falar em nome da verdade.
E aqui está a verdade: Israel busca a paz. Israel fez a paz e fará a paz novamente. Ainda assim, lutamos com inimigos selvagens que buscam a nossa aniquilação e devemos nos defender contra esses assassinos selvagens. Nosso inimigo querem não apenas nos destruir, eles querem destruir a civilização e querem levar todos nós a uma época sombria de terror e ódio.
No ano passado, eu falei sobre a escolha que estava diante do povo de Israel, uma escolha que temos há milhares de anos, quando pensamos em entrar na Terra Prometida e Moisés disse que as nossas ações iriam determinar se iríamos levar às futuras gerações uma bênção ou uma maldição. E essa é a escolha que temos hoje: a escolha de lidar com um agressor, a maldição de lidar com ele, ou a bênção de uma reconciliação entre árabes e judeus. Dias depois desse discurso, a bênção que eu trouxe entrou em foco novamente, e o acordo que havia entre Arábia Saudita e Israel estava mais próximo do que nunca.
Mas então veio a maldição do 7 de outubro. Milhares de terroristas do Hamas, apoiados pelo Irã, entraram em Israel usando vans, usando caminhões e cometeram atos inimagináveis. Eles assassinaram 1.200 pessoas, estupraram mulheres, decapitaram homens, queimaram bebês vivos. Eles mataram pais, filhos, avós, em algo que pareceu o Holocausto nazista. Eles mataram pessoas de países diferentes e levaram reféns para Gaza. Israel conseguiu recuperar mais de 140 desses reféns. Quero assegurar a vocês que não vamos descansar até que os reféns que ainda estão ali sejam devolvidos ao nosso país.
Alguns desses familiares estão aqui [ mostra uma família presente]. Em um momento, o filho deles, Dan, foi tirado do festival de música e esses assassinos o levaram. Ele foi mantido nos túneis com os terroristas, um corpo mantido como refém. Salim Latras, cujo irmão Mohamed, um corajoso soldado israelense árabe, também foi assassinado. Em Gaza, estava o corpo da filha de Fatab, que também foi assassinada no festival de música. Sharom Sharab, cujo irmão foi assassinado, e ela ainda reza pelo outro irmão que também continua feito refém em Gaza.
Um kibutz que foi completamente arrasado pelos terroristas. Nós conseguimos libertar a mãe desta pessoa, mas o pai foi assassinado e mantido num túnel dos terroristas. eu prometo novamente: nós iremos trazer de volta os seus parentes, suas pessoas amadas, até que essa missão sagrada seja cumprida.
Senhoras e senhores, a maldição do 7 de outubro começou quando o Hamas invadiu Israel a partir de Gaza, mas não terminou ali. Israel aceitou a tarefa de se defender e lutou em várias frentes organizadas pelo Irã. Mais de 800 foguetes foram disparados do sul do Líbano contra os nossos civis, nossas crianças. Duas semanas depois, os houthis no Iêmen, apoiados pelo Irã, lançaram drones e mísseis contra Israel. Foram 250 ataques. Um deles aconteceu inclusive ontem em Tel Aviv.
Milícias do Iraque na Síria também atacaram ao longo do último ano. Alimentados pelo Irã, terroristas palestinos atacaram Israel em várias frentes.
Em abril passado, pela primeira vez, o Irã atacou diretamente nosso país de seu território, enviando 300 drones, mísseis balísticos na nossa direção. Eu tenho uma mensagem aos terroristas de Teerã: se vocês nos atacarem, nós os atacaremos.
Não há lugar no Irã que não possamos alcançar. Isso é verdade para todo o Oriente Médio. Os soldados de Israel têm lutado de volta com extrema coragem. Apesar de todas as atrocidades cometidas contra nós, e eu gostaria de falar nessa Assembleia para o mundo fora daqui: nós estamos vencendo.
Senhores e senhores, o direito de se defender contra o Irã e contra essa guerra, em diferentes frentes, não poderiam ser mais claro.
Esse é um mapa que eu apresentei aqui no ano passado. Este é um mapa que eu apresentei no ano passado aqui. Um mapa da bênção, que mostra Israel e seus parceiros árabes e uma faixa conectando a Ásia e a Europa, entre o Oceano Índico e o Mar Mediterrâneo. Ao longo dessa ponte, nós construímos trens, linhas de energia, cabos para servir mais de 2 bilhões de pessoas dos dois lados.
Agora temos esse segundo mapa, o mapa da maldição, o arco do terror que o Irã criou, que vai até o Mediterrâneo. O Irã construiu um arco, fechou hidrovias, atacou o comércio, destruiu nações por dentro e coloca a miséria como destino de milhões de pessoas. De um lado, temos um futuro de esperança, a bênção. Do outro lado, um futuro de desesperança, de tristeza sombria. E, se vocês acham que esse é o futuro de Israel, pensem novamente, porque a agressão do Irã, se não for contida, atingirá todos os países do Oriente Médio e muitos países no resto do mundo.
Porque o Irã tenta colocar seus radicais além de Israel, ela tem uma rede de terror nos cinco continentes e constrói mísseis balísticos para ameaçar o mundo todo. Por muito tempo, o mundo se manteve em paz com o Irã e ignorou sua opressão, ignorou sua agressão interna e externa. Essa época de paz deve acabar e deve acabar agora. Nações do mundo devem apoiar o povo do Irã, que quer se livrar desse regime demoníaco. Governos responsáveis devem apoiar Israel para combater a agressão iraniana e devem se juntar a Israel para ir contra o programa nuclear do Irã.
No Conselho de Segurança, teremos uma conversa nos próximos meses e eu peço ao Conselho de Segurança que apoie as sanções contra o Irã, porque devemos fazer tudo que está em nossas mãos para assegurar que o Irã nunca consiga armas nucleares.
Por décadas, eu tenho alertado o mundo contra o programa nuclear do Irã. Nossas ações atrasaram este programa por talvez uma década inteira, mas não conseguimos pará-lo de uma vez. O Irã agora busca usar esse programa como arma, dizendo que isso pode arriscar a paz e a segurança de todos os países, pode arriscar a paz e a segurança de todo mundo. Não devemos deixar isso acontecer e eu asseguro que Israel fará tudo que está em seu poder para assegurar que isso não aconteça.
Senhoras e senhores, a questão diante de nós é simples: qual desses dois mapas que apresentei agora é o caminho para o futuro?
A bênção e a paz e a prosperidade para Israel, nossos parceiros e o resto do mundo, ou será a maldição do Irã e seus parceiros espalhando caos em todo lugar?
Israel já fez o seu caminho. O seu caminho é o da bênção. Nós temos uma parceria com paz com os nossos vizinhos para lidar contra as forças do terror que ameaçam essa paz.
Por quase um ano, os homens e mulheres corajosos das Forças de Defesa de Israel têm atacado o exército do Hamas que ataca a partir de Gaza desde 7 de outubro, o dia daquela invasão em Israel. Esse exército tinha mais de 40.000 pessoas e 300 km de túneis, um sistema maior que o metrô de Nova York sob Gaza. Um ano depois, as Forças de Defesa de Israel já eliminaram 90% das forças do Hamas e conseguiram acabar com parte chave dessa operação terrorista com grandes operações militares. Destruímos quase todos os batalhões do Hamas. Agora estamos mapeando onde estão os últimos focos do Hamas e vamos destruir essas últimas infraestruturas terroristas.
Mas, enquanto isso, e eu digo novamente, estamos focados na nossa missão sagrada de trazer os nossos reféns de volta e não vamos parar até que essa missão esteja concluída.
Senhoras e senhores, o Hamas tentou diminuir a nossa capacidade e ainda tem algum poder em Gaza, mas nós trouxemos ajuda para dentro de Gaza. Mas o Hamas sequestra essa ajuda, sequestra os alimentos, alimenta os próprios terroristas e deixa o seu povo com fome. Eles roubam a comida que vai para o povo e é assim que se mantêm no poder, e isso também deve terminar. Estamos trabalhando para que isso termine.
E a razão é simples: porque, se o Hamas permanecer no poder, ele vai se rearmar e nos atacar novamente, como prometeu fazer.
Portanto, o Hamas deve ser eliminado. Imagine uma situação do pós-Segunda Guerra Mundial em que os nazistas pudessem reconstruir a Alemanha como nazistas.
Não era inconcebível, não aconteceu naquela época e não acontecerá agora. É por isso que Israel rejeita qualquer tentativa de paz com o Hamas após a guerra em Israel.
O que buscamos é uma desmilitarização e uma desradicalização de Gaza. Só assim podemos assegurar que essa luta será a última dessas lutas e que nossos parceiros regionais nos apoiarão nessa coexistência pacífica com Gaza.
Eu tenho uma mensagem aos sequestradores do Hamas: deixem os reféns livres, liberem os reféns, todos eles. Aqueles que estão vivos hoje devem voltar para casa vivos, e aqueles que foram brutalmente assassinados devem ter seus corpos devolvidos às famílias. As famílias em Israel e em outros lugares merecem ter um lugar de descanso final para seus entes queridos, onde possam ser lembrados. Essa guerra deve acabar agora. Tudo que precisa acontecer é que o Hamas se entregue, entregue suas armas e liberte os reféns. Mas, se eles não fizerem isso, nós iremos lutar até conquistar a vitória, vitória total. Não há substituição para isso.
Israel também deve derrotar o Hezbollah no Líbano. O Hezbollah é a organização terrorista por excelência no mundo hoje. Ela tem armas táticas que nos atingem em vários pontos do país. Atacou mais americanos e mais franceses do que qualquer outro grupo, a não ser Bin Laden. Atingiu mais cidadãos de qualquer país representado aqui e ataca Israel de forma tenebrosa e não provocada. Um dia depois que o Hamas nos massacrou em 7 de outubro, o Hezbollah começou a atacar Israel a partir da fronteira norte, usando mais de 60.000 equipamentos armamentos. O Hezbollah transformou o norte de Israel em uma frente.
Então, é preciso pensar nisso em termos equivalentes em termos americanos. Imagine se terroristas entrassem em San Diego e transformassem ali em uma frente. Como o governo lidaria com isso na fronteira? Quanto tempo isso duraria? Um dia? Um mês? Eu acho que eles não deixariam isso acontecer por um dia sequer.
Estou aqui hoje para dizer que chega. Não vamos descansar até que nossos cidadãos possam voltar com segurança às suas casas. Não vamos permitir que terroristas na fronteira continuem mantendo um massacre por oito anos.
Israel tratou da resolução 1701 da ONU para manter a segurança da nossa fronteira, mas o Hezbollah continuou infiltrando as nossas comunidades, disparando milhares de armamentos, mísseis, e não de locais, não de bases militares, eles fazem isso também, mas lançam esses foguetes e mísseis a partir de escolas, de hospitais, de prédios de apartamentos, de casas de cidadãos do Líbano. Eles colocam todos em perigo, colocam o seu próprio povo em perigo. Eles colocam foguetes em garagens, em cozinhas, e eu digo ao povo do Líbano: acabem com essa ameaça mortal que o Hezbollah coloca em vocês. Não estamos em guerra com vocês, estamos em guerra com o Hezbollah, que sequestrou o seu país e está destruindo o seu país com armas.
Enquanto o Hezbollah escolher a guerra, Israel não tem escolha e Israel tem todo o direito de acabar com essa ameaça e devolver os nossos cidadãos às suas casas com segurança, e é isso que estamos fazendo. Nesta semana, as Forças de Defesa de Israel destruíram várias instalações do Hezbollah que eram usadas há 30 anos por eles. Nós eliminamos comandantes do Hezbollah, mas também foi derramado sangue americano e sangue francês nessa terra. Mas eles colocaram substitutos ali e nós vamos lutar até que todos os nossos objetivos sejam cumpridos.
Senhoras e senhores, estamos comprometidos a acabar com a maldição do terrorismo, as ameaças a todas as nossas sociedades. Mas, para conquistar a bênção do Oriente Médio, devemos continuar com o caminho construído por nós, do nosso acordo de paz entre Israel e Arábia Saudita, os Acordos de Abraão que foram feitos há quatro anos. Nós vimos quais são as bênçãos trazidas pelos Acordos de Abraão. Vimos milhões de cidadãos atravessando os céus da Arábia Saudita, pelo Golfo, o comércio, o turismo, as empresas, a paz. E eu digo a vocês que bênção seria essa também para a Arábia Saudita. Seria bom para a segurança, para a economia dos nossos dois países. Melhoraria o comércio e o turismo na região, ajudaria a transformar o Oriente Médio em um player global imenso. Nossos países melhorariam água, energia, inteligência artificial e muitos outros campos nos quais poderíamos trabalhar juntos. Seria algo que mudaria a história, uma reconciliação entre Israel e a Arábia Saudita, entre Meca e Jerusalém.
Nós buscamos essa paz, mas, enquanto isso, o Irã está comprometido a ameaçá-la. Portanto, uma das melhores formas de atacar é conquistar essa paz. Essa paz será a base para uma aliança de Abraão ainda maior, que inclua os Estados Unidos e outros países parceiros também da Arábia Saudita, que buscam as bênçãos da paz. Ela vai melhorar a paz e a prosperidade e trazer enormes benefícios para todos. Com o apoio americano e liderança, acredito que essa visão pode ser materializada muito antes do que as pessoas pensam. E, como primeiro-ministro de Israel, eu farei tudo que está em minhas mãos para fazer com que isso aconteça. É uma oportunidade que nós e o mundo não devemos deixar passar.
Senhoras e senhores, Israel fez sua escolha. Nós queremos seguir em frente para mais prosperidade e paz. O Irã e seus aliados também fizeram suas escolhas. Eles querem voltar para os tempos sombrios do terrorismo e da guerra. E eu tenho uma pergunta a vocês: que escolha os senhores farão? Suas nações estarão com Israel, estarão com a democracia e com a paz, ou estarão com o Irã, uma ditadura brutal que subjuga seu povo, que apoia o terrorismo no mundo? Entre essa batalha, nessa batalha entre o bem e o mal, não deve haver dúvida. Quando vocês estão com Israel, vocês mantêm os seus valores e os seus interesses. Como nós nos defendemos, também defendemos os seus interesses contra o inimigo, como um inimigo que ataca a democracia, que ataca nossos modos de vida.
Infelizmente, há quem confunda isso, muitos países e aqui mesmo nesse salão, como acabei de ouvir. Os judeus são colocados como maus e os maus são colocados como bons. Nós estamos nos defendendo de inimigos que querem cometer genocídio contra nós e nos acusam de genocídio. Fomos acusados no Tribunal Penal Internacional contra os palestinos em Gaza. Que absurdo! Nós entregamos 70 toneladas de comida, são mais de 2.000 calorias por dia para garantir a segurança alimentar do povo. Falaram que nós temos civis como alvo. Nós não queremos que nenhum civil morra, é sempre uma tragédia, e fazemos tudo para minimizar isso, mesmo quando inimigos usam os civis. Nenhum exército fez o que Israel fez para minimizar as vítimas entre civis. Nós enviamos textos, jogamos panfletos, avisamos os civis para que eles saiam do caminho da ameaça. Fazemos todos os esforços para isso.
Há outras confusões morais também, quando os tais ditos progressivos marcham contra Israel. Eles não percebem que apoiam o Irã, os terroristas que estão em Gaza e que estão em Teerã, que assassinam mulheres por não cobrirem seus cabelos e que ameaçam as democracias e progressistas fazendo isso. O Irã financia e alimenta muitos desses protestos contra Israel, inclusive protestos que vimos aqui do lado de fora deste prédio hoje mesmo.
Senhoras e senhores, o Rei Salomão, há 3.000 anos, disse em Jerusalém, nossa capital, algo que deve ser familiar a todos vocês. Ele disse: "Não há nada de novo sob o sol." Numa era de viagens espaciais, inteligência artificial, ela é um pouquinho discutível, mas algo é inegável: não há nada de novo nas Nações Unidas. Veja o meu caso, eu falei aqui nesta tribuna como embaixador de Israel na ONU em 1984, há 40 anos, e acho que a mesma tribuna está aqui. No meu primeiro discurso aqui, falei contra a proposta de tirar Israel do corpo decisório, e eu ainda estou defendendo Israel contra a mesma proposta.
E quem está liderando agora essa questão não é o Hamas, mas o presidente da Autoridade Palestina, Abbas, um homem que diz que quer paz com Israel, ainda assim ele se recusa a condenar o massacre de 7 de outubro. Ele paga milhões a terroristas que acabam com israelenses e americanos. Quanto mais eles matam, mais eles ganham. E ele ainda alimenta essa guerra diplomática contra o nosso direito de existir, contra o direito de Israel de se defender. É a mesma coisa, porque, se nós não podemos nos defender, não podemos existir. Não em nosso nome, talvez não em seu nome.
Há 40 anos, eu estava aqui nesta tribuna e disse àqueles que apoiavam aquela resolução terrível, eu falei para que eles checassem seus fanatismos em suas próprias casas. E hoje eu digo ao presidente Abbas e a todos aqui que apoiam essa resolução: verifiquem os seus fanatismos. O Estado judeu continua sendo uma questão moral da ONU e ele é mantido aos olhos de pessoas decentes de todo o mundo. E quanto aos palestinos?
Eles sabem que, no meio desse antissemitismo, há uma grande maioria que quer demonizar o Estado israelense, que quer ter uma postura anti-Israel. Quaisquer alegações devem ter uma maioria. Na última década, houve mais ataques contra Israel aqui na Assembleia Geral do que contra todo o mundo combinado. Na verdade, mais do dobro de ataques. Desde 2014, Israel foi atacado mais de 100 vezes nessa tribuna, enquanto outros países foram atacados 73 vezes. São condenações ao Estado de Israel extremamente acima. Isso é uma piada, é inconcebível. Todos os discursos que ouviram hoje foram contra Israel. Neste ano, não se trata de Gaza, se trata de Israel. Sempre foi uma questão de Israel, sobre a existência de Israel.
E eu digo: até que o Estado de Israel não seja tratado como as outras nações, até que esse pântano de antissemitismo não seja drenado, nós não veremos nada além de um ataque direto. Eu ataco esse antissemitismo aqui na ONU e ele não surpreende, porque o promotor do Tribunal Penal Internacional considerou a acusação de crimes de guerra contra mim e contra o Estado de Israel, um líder democraticamente eleito, líderes de um estado democrático. O Tribunal Penal Internacional se recusa a tratar Israel em suas cortes independentes da forma que outras democracias são tratadas, e isso é nada mais, nada menos, que puro antissemitismo.
Senhoras e senhores, os verdadeiros crimes de guerra não estão em Israel. Estão no Irã, estão em Gaza, estão na Síria, no Líbano. Aqueles de vocês que estão com os crimes de guerra, com o mal contra o bem, que estão na maldição contra a bênção, vocês deveriam ter vergonha. Mas eu tenho uma mensagem a vocês: Israel vai vencer essa batalha, vai vencer essa batalha porque nós não temos escolha. Depois de gerações nas quais o nosso povo foi massacrado e ninguém veio em nossa defesa, nós agora temos um estado, nós temos um exército corajoso e nós estamos nos defendendo.
Como o livro de Samuel diz na Bíblia: a autoridade de Israel não será falha. Os povos judeus, desde a antiguidade, sempre buscaram essas lutas, essa promessa que sempre foi mantida ao longo de séculos, e ela será mantida. Para citar o poeta: Israel nunca precisará lutar contra a luz, porque a tocha de Israel sempre vai brilhar com a luz da correção. Ao povo de Israel, soldados de Israel, eu digo: tenham coragem, o povo de Israel irá viver hoje, amanhã e para sempre.
Muito obrigado.”
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