O influenciador Felipe Bressanin, o Felca, fez um vídeo denunciando a adultização e sexualização de crianças e adolescentes nas redes sociais.
Até o momento, a gravação já conta com mais de 30 milhões de visualizações no Youtube.
Veja abaixo quais influenciadores ele menciona no vídeo e entenda os casos:
Um dos primeiros casos levantados por Felca é do Bel para meninas, que já foi um dos canais infantis mais acessados no YouTube brasileiro.
Os vídeos mostravam Bel Peres, que começou a gravar aos 7 anos de idade, interagindo com sua mãe.
Suspeitas de que a mãe forçava a menina a gravar vídeos geraram uma onda de acusações. O caso chegou à TV, mobilizou órgãos de proteção infantil e levou a pedidos para retirar a guarda da mãe.
Felca destaca que essa reação da internet pode ser extremamente traumática para uma criança:
“Imagina o que é isso na cabeça de uma criança? Tanto o material quanto a exposição. As críticas. Você acha que uma criança inocente, quando lê um comentário de crítica indignada, consegue separar ela do cálculo? Uma criança?”
A própria Bel divulgou um vídeo falando sobre os traumas que a situação causou:
“Cara, as pessoas definitivamente não sabem o que é um trauma. E, gente, no meu caso foi uma coisa muito grande. Tipo, você ligava a TV e via a pessoa falando um monte de mentira sobre mim. Ligava as redes sociais e só estava falando sobre isso. E foi um negócio, gente, absurdo, sabe? Foi muito surreal. Eu vi toda a minha carreira, todos os meus sonhos indo por água abaixo.”
Para Felca, os adultos responsáveis por Bel a expuseram a tudo isso no momento em que começaram a divulgar os vídeos da menina:
“Acho que o problema maior não é quando a mãe fez a Bel vomitar, mas quando ela ligou a câmera pela primeira vez. Criança não tem que estar envolvida em coisa de adulto, como Justiça, críticas, fãs, ódio, cancelamento. ‘Mas a criança que pediu para fazer vídeo.’ Criança pede para comer terra, a responsabilidade é do tutor, óbvio.”
Em um vídeo no Tik Tok, ela defendeu sua família e disse que teve uma infância feliz e “privilegiada”.
Bel também ressaltou que a ajuda de seus pais foi importante para sua carreira nas redes sociais:
“Se meus pais fossem daqueles que acham que ‘criança é burra e não tem sonho’ ou vontade’ e não tivessem me apoiado na minha carreira na internet, hoje em dia eu seria uma desempregada sem vocação. Para você ser famoso hoje em dia, ganhar visibilidade é muito difícil. Começar lá no início foi a melhor coisa e eu não trocaria por nada”.
Hytalo Santos ficou conhecido por vídeos de dança no estilo brega funk.
O influenciador criou a “Turma do Hytalo”, um grupo de adolescentes em situação de vulnerabilidade para quem ele oferece apoio financeiro, moradia e educação.
No entanto, seus vídeos imitam o Big Brother Brasil, mostrando menores em festas com álcool, danças sensuais e interações amorosas.
Felca chama as práticas de Hytalo de “nefastas” e diz que o influenciador montou um “circo macabro”.
Ele critica o incentivo a comportamentos adultos em adolescentes, especialmente Kamylinha que tem 17 anos, mas integra a turma desde os 12.
A menina passou a integrar o grupo de jovens organizado por Hytalo aos 12 anos. Para Felca, Hytalo explorou a imagem da menina ao longo de cinco anos, com o únci intuito de ganhar visualizações:
“Hytalo percebeu que, quanto mais mostrava da Kamylinha, mais retornava em números. Ela se tornou mais produto do que humano.”
Ele cita cenas de Kamylinha dançando em shows para adultos e em momentos íntimos, como em um vídeo onde aparece deitada com outro menor:
“Um homem adulto chega no quarto com dois menores de idade deitado de conchinha e puxa o cobertor para mostrar a pouca veste dos adolescentes.”
Outro vídeo divulgado por Hytalo mostra Kamylinha se recuperando de uma cirurgia de implante de silicone:
“Aos 17 anos, Kamylinha foi exposta a procedimento cirúrgico, implante de silicone nos seios. Ela foi gravada enquanto estava dopada no pós-operatório. Filmada para o público, que aplaudia e incentivava mais procedimentos estéticos.”
Felca destaca que entre os seguidores de Hytalo existem homens adultos, que acompanham as postagens para poder assistir menores em situações sexuais:
“Dentro do público do Hytalo, há homens adultos. Eles não assistem pelas dinâmicas divertidas. Mais público de homens pedófilos é atraído por esse material.”
As denúncias de Felca geraram debate e o caso se tornou um dos assuntos mais comentados nas redes sociais.
As contas de Hytalo e Kamylinha no instagram foram derrubadas. O influenciador veio a público para dizer que foi apenas uma falha técnica.
Pouco antes das contas caírem, também afirmou que vai acionar sua equipe jurídica, sem falar diretamente sobre Felca.
“Existem os direitos de imagens, de coisas e tudo isso aí... pra nossa equipe trabalhar, em nome de Jesus, não é um dever meu”.
Francisca Maria, mãe de Kamylinha, postou um story em sua conta no Instagram defendendo o influenciador:
“Estou com você até o fim. Podem falar o que quiser, ninguém sabe da vida de ninguém, só sabem o que a gente posta. E Deus principalmente: se Ele deu o que deu a vocês, é porque Deus permitiu.” escreveu.
O Ministério Público da Paraíba (MPPB) investiga Hytalo por uma denúncia anônima de possíveis práticas de exploração de crianças e adolescentes.
Ele também é investigado por um suposto esquema de aliciamento de menores e abuso sexual.
A menina começou a publicar vídeos nas redes sociais aos 11 anos de idade, com conteúdo de dança.
Segundo Felca, a mãe de Caroliny, Patrícia Dreher, administrava as contas da menina e começou a receber pedidos de homens para que os vídeos fossem mais explícitos.
Interessada em aumentar o engajamento da conta, a mãe começou a publicar vídeos cada vez mais sugestivos da filha.
Quando a filha fez 14 anos, Patrícia criou uma conta no Telegram e grupos privados para vender conteúdos explícitos da filha a mando de pedófilos.
Através de fóruns de pedófilos e grupos fechados no Telegram, as imagens da menina começaram a se espalhar pela internet.
Segundo o portal Poder 360 atualmente Caroliny está sob cuidados de sua avó, o caso corre em segredo de Justiça.
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