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Internacional
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Acusado de financiar terrorismo, Catar é o 1º país árabe isento de visto para os Estados Unidos

Na terça-feira, o governo Biden anunciou que os cidadãos catarianos serão isentos de visto para viagens de até 90 dias.

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
21/10/2024 19:56
Emir do Catar em uma reunião com o ex-líder do Hamas, Ismail Haniyeh - Fonte: The Times of Israel

A partir do dia primeiro de dezembro, o governo americano vai autorizar cidadãos do Catar a passarem até 90 dias nos Estados Unidos sem a necessidade de visto, tornando o país o 42º a receber essa autorização.

Quando o anúncio foi feito, o secretário de Estado do governo americano, Anthony Blinken, chegou a lançar um comunicado ressaltando o lado positivo da decisão:

O cumprimento pelo Catar dos rigorosos requisitos de segurança para ingressar no Programa de Isenção de Visto aprofundará nossa parceria estratégica e aumentará o fluxo de pessoas e o comércio entre nossos dois países.”

Aliado americano

O pequeno país do Golfo Pérsico é um dos mais importantes aliados dos Estados Unidos no Oriente Médio.

Além de abrigar a base americana de Al Udeid, uma das maiores na região, o país também participa da Coalizão Internacional para Derrotar o Estado Islâmico .

O país ainda participa do Grupo de Ação Financeira do Oriente Médio e Norte da África (MENAFATF), adotando medidas para combater o financiamento do terrorismo e a lavagem de dinheiro.

Apesar de sua proximidade com os EUA, o governo do Emirado tem fortes relações com países e grupos hostis aos Estados Unidos.

Aliado iraniano

Apesar do alinhamento com os Estados Unidos, o governo do Catar mantém uma profunda relação de proximidade com o regime iraniano.

Os dois países fazem fronteira marítima, dividindo a região conhecida como Campo Norte, extremamente rica em gás natural.

A boa relação com a república xiita historicamente garante ao Catar a exploração dos recursos energéticos na área sem ter quaisquer problemas com o país vizinho.

Os fortes laços políticos e econômicos entre os dois países foram um dos motivadores para que o Catar sofresse um bloqueio econômico por parte de países como Arábia Saudita, Egito, Bahrein e Emirados Árabes Unidos.

Apoio ao terrorismo

Outro fator que motivou os países árabes a bloquearem economicamente o Qatar foi a relação do emirado com grupos terroristas.

Talibã

Qatari PM holds secret talks with 'reclusive' Taliban chief: Report
Primeiro-Ministro do Catar apertando a mão de membro do Talibã - Fonte: The Cradle

Em 2013, o governo do Catar autorizou o Talibã a abrir um escritório formal em seu país.

A liderança do grupo terrorista passou a morar e articular as operações do grupo terrorista a partir de Doha, capital do Catar.

A presença do grupo terrorista no Golfo Pérsico recebeu o consentimento do governo dos Estados Unidos, já que o Catar passou a se colocar como um importante mediador.

A monarquia exerceu um papel fundamental para possibilitar a retirada das tropas americanas do Afeganistão em 2021.

Irmandade muçulmana

Príncipes do Catar com Yusuf al-Qaradawi - Fonte: Maydan

Um dos principais pontos de atrito entre o governo do Catar e os seus vizinhos é a relação de proximidade que o país possui com a Irmandade muçulmana e organizações ligadas ao grupo.

O governo do Catar afirma que a organização é um “movimento islâmico pacífico que poderia contribuir para a paz na região”, ao passo que as demais monarquias do Golfo Pérsico acreditam que o grupo traz instabilidade para a região.

Os países do Golfo acusam a empresa de mídia do Catar Al-Jazeera de divulgar as narrativas do grupo.

O canal chegou a conceder programas de televisão para o estudioso islâmico Yusuf al-Qaradawi, que divulgava os ideais da irmandade.

Hamas

Qatar says Hamas will remain in Doha as long as group remains 'useful' for  mediation | The Times of Israel
Emir do Catar em uma reunião com o ex-líder do Hamas, Ismail Haniyeh - Fonte: The Times of Israel

Segundo reportagem da CNN, desde 2018 o governo do país tem enviado remessas mensais de US$15 milhões para a Faixa de Gaza, região controlada pelo grupo terrorista.

O governo de Israel nunca se opôs aos envios. Pelo contrário, o chefe do serviço de inteligência israelense, Yossi Cohen, chegou a enviar uma carta agradecendo o emir do Catar pela ajuda humanitária:

"Esta ajuda sem dúvida desempenhou um papel fundamental na obtenção da melhoria contínua da situação humanitária na Faixa de Gaza e na garantia da estabilidade e segurança na região."

Os envios eram realizados inicialmente através de malas de dinheiro, entregues por funcionários do governo do Catar nas mãos de membros do grupo terrorista.

Posteriormente, em 2021, a ONU assumiu a responsabilidade pelas transferências, após Israel e o Egito se negarem a autorizar a entrega de remessas dessa forma.

Segundo os dois países, o envio de recursos diretamente através de malas de dinheiro não permitia o rastreio dos recursos e ajudava o grupo a utilizar o dinheiro para operações militares.

Além do apoio financeiro à Faixa de Gaza, lideranças do Hamas moram em Doha e articulam suas operações a partir de lá.

Quando o grupo terrorista realizou o atentado contra Israel no dia 7 de outubro do ano passado, a monarquia sunita culpou Israel:

O único responsável pela escalada contínua devido às suas violações persistentes dos direitos do povo palestino, sendo a mais recente as incursões repetidas na Mesquita de Al-Aqsa sob a proteção da polícia israelense.”

Desde o início da guerra, o Catar tem se apresentado como um mediador entre o Estado de Israel e o Hamas.

O pesquisador especializado em cultura árabe-islâmica, Mordechai Kedar, contou em entrevista à Brasil Paralelo que o país apoia o Hamas como forma de enfraquecer o Ocidente:

Eles são os porta-vozes do Hamas. O Qatar recebe líderes do Hamas. O Qatar é um país que apoia o terrorismo de todas as formas possíveis, para dominar o Ocidente através de seu Jihad financeiro, que é também um tipo de luta, que fazem contra o Ocidente.”

A entrevista com Mordechai Kedar foi realizada para o documentário From the River to the Sea, que busca entender a fundo a guerra entre Israel e o Hamas.

Para entender uma questão complexa e importante como a guerra entre Israel e o Hamas, a Brasil Paralelo foi ao Oriente Médio, onde entrevistou intelectuais, militares e sobreviventes da guerra.

Mais de 3,5 milhões de pessoas já assistiram ao filme até hoje, 21 de outro e mais de 100 mil pessoas assistiram à estreia do documentário original no dia 7 de outubro.

Para assistir ao filme gratuitamente no YouTube, clique no link abaixo:

Quero assistir “From the River to the Sea”.

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