O alto representante da União Européia para Assuntos Exteriores, Josep Borrell, afirmou que o regime de Daniel Ortega na Nicarágua é uma “ditadura pura e dura” durante uma entrevista à agência de notícias EFE na última quinta-feira (20).
“Nossa posição em relação à Nicarágua é muito clara. Acreditamos que é uma ditadura pura e dura, dura, dura”, disse Borrell.
Borrell destacou que a UE critica e condena as violações dos direitos humanos na Nicarágua e que apesar disso o bloco mantém uma relação de ajuda e cooperação.
No dia 18 de abril, a Nicarágua retirou sua aprovação ao novo embaixador da União Europeia no país, após um comunicado da UE pedindo um “retorno ao estado de direito” no país latino-americano.
“Como eles não gostam das críticas, retiram o cargo do nosso embaixador, já aconteceu na Venezuela, mas isso não vai nos calar”, disse Borrell.
O Ministério das Relações Exteriores da Nicarágua disse em nota que a decisão se deve à posição “intervencionista, ousada e insolente” da UE sobre o país.
O bloco europeu já havia feito uma declaração crítica ao governo de Ortega por ocasião dos cinco anos do início dos protestos de 2018, que foram violentamente reprimidos e deixaram mais de 350 mortos, de acordo com a ONU.
A Anistia Internacional denunciou que a Nicarágua está usando “novos padrões” de violações de direitos humanos cinco anos após o início dos protestos.
A ONG ainda afirmou que Ortega recorre a:
- uso excessivo de força;
- leis penais;
- ataques contra a sociedade civil;
- exílio forçado para silenciar seus opositores.



.webp)
.jpg)
.jpg)

.png)
.png)
.jpg)
.png)

.png)
.png)


.jpg)













