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Como está a Venezuela hoje? O erro socialista se repete

Alguns brasileiros temem que o Brasil repita os erros socialistas da Venezuela tal como está hoje. Mas o que está acontecendo? Entenda a crise venezuelana.

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
5/10/2022 14:24
-

Muitos temem que o Brasil repita os erros da Venezuela. Ver como a Venezuela está hoje pode ser um sinal para os brasileiros. Em alguns aspectos, as histórias dos dois países se assemelham.

A Venezuela vive uma trágica realidade, faltam alimentos, o povo busca fugir da ditadura que comanda o país e a crise econômica piora diariamente. Mesmo tendo feito um acordo internacional para promover eleições livres, o governo socialista impediu opositores de concorrem nas eleições de 2024, sendo condenado pelos Estados Unidos e a Organização dos Estados Americanos.

Compreenda as origens do problema e como a Venezuela está hoje.

O que você vai encontrar neste artigo?

A trágica realidade que está acontecendo na Venezuela

A Venezuela, um país repleto de riquezas naturais e com grande potencial econômico, vive uma de suas piores crises da história. Essa crise afeta diversos campos: políticos, sociais, econômicos.

O país enfrenta:

  • crise de desabastecimento de alimentos, remédios e itens básicos;
  • crise de migração em massa do seu povo;
  • alta inflacionária que prejudica sua economia dia a dia;
  • ditadura que aparelhou o Estado e o Exército para se manter no poder e oprimir a população;
  • crise da democracia nas eleições de 2024.

A Crise de abastecimento

Segundo a página da South American Initiative, a Venezuela precisa urgentemente de apoio financeiro. Crianças morrem todos os dias no país vítimas da desnutrição ou até do abandono parental, uma vez que os pais são incapazes de alimentar todos da família.

A iniciativa filantrópica acusa o país de promover um “Holocausto moderno”. Boa parte da população vive com apenas um salário mínimo na Venezuela. Com a atual crise econômica, esse dinheiro não compra mais que um pente com 24 ovos ou um quilo de queijo.

Em 2017, a pesquisa Encuesta Condiciones de Vida (ENCOVI) apontou que 64,3% dos venezuelanos reconhecem ter perdido até 11 quilos.

As bolsas de comida fornecidas pelo governo atendem a apenas um terço da população e entregam uma dieta baseada apenas em arroz e mandioca.

Os hospitais não têm estoque de medicamentos básicos. Em meio a todo esse caos, o presidente Nicolás Maduro fechou as fronteiras do país e recusou toda ajuda humanitária enviada por diversos países vizinhos.

O ditador alegou que a ajuda humanitária era um pretexto para o “imperialismo norte americano”.

Para fugir da fome, muitos venezuelanos abandonam o país.

A crise dos refugiados venezuelanos

Segundo o Conselho Noruegano para Refugiados (NRC), a Venezuela está entre as crises mais esquecidas e desatendidas do mundo. O país entrou na lista em 2017, ano em que 1,6 milhões de venezuelanos deixaram o país.

Segundo o NRC:

“Os venezuelanos sem status legal em países vizinhos estão sujeitos a exploração laboral e sexual. Dificilmente os refugiados têm acesso a serviços sanitários”.

Entre 2015 e 2019, o Brasil registrou mais de 170 mil solicitações de refúgio e de residência temporária de venezuelanos. A maioria dos migrantes venezuelanos entraram ilegalmente pela fronteira norte do Brasil, em Roraima.

Para acolher parte dessa população, 11 abrigos oficiais foram criados em Boa Vista e dois em Pacaraima. Eles são administrados pelas Forças Armadas e pela Agência da ONU para Refugiados (ACNUR).

Mais de 6,3 mil pessoas, das quais 2,5 mil são crianças e adolescentes, vivem nos locais. Estima-se que quase 32 mil venezuelanos moram em Boa Vista.

Projeções das autoridades locais e agências humanitárias apontam que 1,5 mil venezuelanos estão em situação de rua na capital, entre eles, quase 500 têm menos de 18 anos de idade.

Todas as fugas refletem a crise política e econômica que tomou o país.

Como está a economia venezuelana?

A economia socialista da Venezuela enfrenta um ciclo de crises constantes. Desde a primeira queda dos preços dos barris de petróleo na década de 80, o país nunca se recuperou.

A economia do país se tornou totalmente dependente do petróleo, a agricultura e a indústria nunca foram desenvolvidas. A maior parte dos produtos que abastecem o país provém de importações e a sua moeda é ancorada no dólar.

Com o processo de estatização da economia e endurecimento da ditadura bolivariana, a Venezuela assistiu investidores e empresas saírem do país.

A inflação aumenta no país mês a mês enquanto sua moeda se desvaloriza. Um bolívar venezuelano, moeda local, equivale a 0,12 centavos de dólar americano.

Os preços dos insumos básicos importados aumentam mês a mês e tiram da população o poder de compra. Veja o gráfico abaixo que mostra a evolução da pobreza na Venezuela nos últimos anos:

dados-pobreza-venezuela
Gráfico mostra a evolução da pobreza e da pobreza extrema na Venezuela de 2014 a 2017.

Pesquisa realizada pela Encuesta Condiciones de Vida (ENCOVI), com colaboração das universidades: Universidad Católica Andrés Bello, Universidad Central de Venezuela e Universidad Simón Bolívar.

Contra a oposição venezuelana que tenta se levantar contra o governo, a ditadura de Maduro responde com violência.

A ditadura socialista bolivariana

Em relatório divulgado em agosto de 2022, a ONU apontou que os serviços de inteligência da Venezuela cometeram crimes contra a humanidade sob ordens das esferas mais elevadas do governo para reprimir a oposição.

“Esse plano foi orquestrado no nível político mais alto, liderado pelo presidente Nicolás Maduro”, ressaltou em entrevista coletiva Marta Valiñas, presidente da Missão Internacional Independente da ONU sobre a Venezuela.
“Nossas investigações e análises mostram que o Estado venezuelano usa os serviços de inteligência e seus agentes para reprimir a dissidência no país. Isso leva à prática de crimes graves e violações de direitos humanos, incluindo atos de tortura e violência sexual”, denunciou Marta.

O relatório apontou que Maduro e pessoas de seu círculo próximo “participaram da seleção dos alvos”. Como a ditadura venezuelana conseguiu causar tantos males à sua população? Para entender todos esses problemas, é necessário recuar alguns passos na história.

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