Esta é a maior escala das relações diplomáticas chinesas. Apenas alguns países, como Paquistão, Rússia e Belarus, recebem o tratamento.
Isolada internacionalmente, a Venezuela de Maduro mantém relações próximas com o governo chinês, seu principal credor.
A China, "apoiará, como sempre, com firmeza, os esforços da Venezuela para salvaguardar a soberania nacional, a dignidade nacional e a estabilidade social, e apoiará firmemente a causa justa da Venezuela de se opor à interferência estrangeira", afirmou Xi a Maduro.
O presidente venezuelano busca apoio para a adesão de seu país ao BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul), um grupo de países de economias emergentes.
Na reunião mais recente do BRICS, em agosto, o grupo anunciou sua ampliação com seis novos países: Arábia Saudita, Argentina, Emirados Árabes Unidos, Egito, Irã e Etiópia.
"Poderíamos catalogar o grupo do BRICS ampliado como o grande motor para a aceleração do processo de nascimento de um mundo novo, de um mundo de cooperação, onde o Sul Global terá a voz primordial", declarou Maduro em uma entrevista à agência estatal chinesa Xinhua publicada no sábado.
A visita é uma reafirmação da "amizade" estabelecida no período do falecido ex-presidente Hugo Chávez (1999-2013), que encontrou na China um de seus principais aliados, ao lado da Rússia, Turquia e Irã.
Maduro havia visitado Pequim pela última vez em 2018 - sua 10ª viagem à China -, quando elogiou a visão de Xi de um "destino comum para a humanidade".
Xi Jinping visitou a Venezuela em 2014, quatro anos após seu país emprestar quase 50 bilhões de dólares à Venezuela. País membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), os venezuelanos até hoje pagam a dívida com envios da matéria prima.