Diversos eventos diferentes marcaram o Brasil neste 7 de setembro. Confira os principais:
Para comemorar o bicentenário da independência, o museu do Ipiranga foi reinaugurado antes de ontem (06/09). O edifício foi construído no local da proclamação de Dom Pedro I, quando o príncipe separou o Brasil de Portugal e se tornou imperador.
As principais obras e documentos do período da independência estão lá: quadros de Pedro Américo, moedas antigas, documentos, livros do Brasil imperial, mobílias e vestimentas da época e outras obras de arte.
O museu poderá ser visitado a partir de agendamento prévio online.
Durante 9 anos o museu não recebeu visitantes. O motivo da suspensão foi o mau cuidado com o edifício.
Esse ano marcou o retorno dos desfiles de 7 de setembro, suspendidos durante a pandemia do coronavírus.
É tradicional no Brasil que o 7 de setembro tenha comemorações cívico-militares. Líderes do governo se reúnem com líderes militares para desfiles e queima de fogos. O intuito é celebrar o dia em que o Brasil se separou de Portugal após as restrições das cortes constitucionalistas.
Segundo reportagens do jornal Gazeta do Povo, o desfile cívico de Brasília deste ano se confundiu com as manifestações pró-Bolsonaro. Grande parte dos espectadores do desfile proclamavam slogans favoráveis ao presidente.
Bolsonaro participou dos desfiles cívico-militares e das manifestações realizadas por seus apoiadores.
Segundo o governo do Distrito Federal, Brasília foi preparada para receber 500 mil pessoas. Dados do Palácio do Planalto apontam 1 milhão de pessoas nas manifestações da capital federal.
Todas as principais capitais do país tiveram manifestações pró-Bolsonaro. A orla de Copacabana foi preenchida por apoiadores do presidente.
Segundo o governo do estado de São Paulo, 52 mil pessoas foram à Avenida Paulista. Porto Alegre teve 125 mil manifestantes. A praça da liberdade de Belo Horizonte também foi preenchida.
Em seu discurso, Bolsonaro disse:
"Teremos inflação este ano sim, mas muito menor do que a Europa e até mesmo os Estados Unidos. Isso é comprometimento, é trabalho, é dedicação, é honestidade acima de tudo. Também hoje você sabem que o Brasil está decolando. O Brasil está no rumo certo. O Brasil, hoje, além de referência, é admirado por todos os países.
[...] Compare com a Venezuela, o que acontece na Argentina, e comparece com a Nicarágua. Em comum, esses países têm nomes que são amigos entre si.
Sabemos que temos pela frente uma luta do bem contra o mal, um mal que perdurou por 14 anos em nosso país, que quase quebrou a nossa pátria e que agora deseja voltar à cena do crime".
Os manifestantes afirmaram seu apoio às políticas e valores do governo Bolsonaro e pediram aos ministros do Supremo Tribunal Federal que respeitem a constituição.
Lula criticou o ato afirmando que está acontecendo uma instrumentalização da bandeira do Brasil e do 7 de setembro. O candidato disse:
"Quando presidente da República eu tive a oportunidade de participar de dois 7 de setembro, um em 2006 e o outro em 2010, em época eleitoral. Em nenhum momento, a gente utilizou um dia da Pátria, um dia do povo brasileiro, o dia maior do nosso país por conta da independência, como instrumento de política eleitoral".
O tradicional "Grito dos Excluídos'' também ocorreu ontem. Bolsonaro foi criticado pelos manifestantes do evento.
O Grito dos Excluídos também ocorreu nas principais capitais do país. Trata-se de uma manifestação popular para dar voz aos menos favorecidos. A manifestação ocorre todos os anos, sempre no dia 7 de setembro.
O tema das manifestações foi: "Vida em Primeiro Lugar: Brasil: 200 anos de Independência para quem?". Os manifestantes criticaram Bolsonaro e distribuíram alimentos para 5 mil pessoas.
As principais críticas eram voltadas ao preço dos alimentos. Segundo os manifestantes, os mais pobres estão sendo ignorados pelas políticas econômicas do atual governo. Os manifestantes demonstraram apoio à candidatura de Lula.
Maria Conceição Guimarães, 64, membro da União dos Movimentos por Moradia e uma das organizadoras do evento disse:
"Nosso objetivo é matar a fome, não pregar o ódio. A população está com muita fome, diferente do que dizem candidatos, de que não existe fome.
Muitas famílias estão na rua porque o aluguel está caro. A gente pede moradia e eles falam que não precisa. Temos um presidente que exclui o pobre, que não olha para o pobre".
Até o momento da publicação desta notícia, não há pronunciamento oficial sobre a quantidade de pessoas que participaram do Grito dos Excluídos.
Um dos principais idealizadores do movimento é Frei Betto, ativista de esquerda responsável pelo encontro de Lula com Fidel Castro para que os líderes criassem o Foro de São Paulo.
Lula não participou de nenhum evento durante o 7 de setembro.
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