Trump disse que “qualquer aço que entrar nos Estados Unidos terá uma tarifa de 25%”, o alumínio importado também será afetado pela tarifa.

A medida pode trazer problemas para o Brasil, já que o país é o segundo maior fornecedor desses materiais, representando cerca de 16,4% do total que entrou no país entre novembro de 2023 e o mesmo mês de 2024.

Parte importante dos produtos brasileiros exportados para os EUA são semi-acabados de aço, ao lado de petróleo bruto, semi-acabados de ferro e aeronaves.

• Produtos semi-acabados são aqueles que passam por algumas etapas da produção no Brasil, mas ainda precisam ser processados nos EUA.

Apenas no ano passado, o Brasil conseguiu arrecadar cerca de R$44,4 bilhões com as 9,6 milhões de toneladas exportadas.

Naquele ano, os EUA sozinhos representaram o destino de aproximadamente 54% das exportações de produtos siderúrgicos brasileiros. 

A medida acontece pouco tempo antes de fazer esse anúncio, Trump renovou a decisão de Biden de bloquear a compra da siderúrgica US Steel pela japonesa Nippon.

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O presidente autorizou que a companhia japonesa fizesse um grande investimento na americana, mas não permitiu que chegasse a adquirir a participação majoritária.

As novas tarifas foram anunciadas por Trump durante uma coletiva de imprensa no avião oficial do presidente americano, o Air Force One.

O presidente não deixou claro como as taxas serão aplicadas sobre o alumínio e o aço. Os detalhes devem vir a público na tarde de hoje (10).

Apesar disso, já há uma expectativa clara, já que o presidente americano aplicou tarifas semelhantes em 2018, durante seu primeiro mandato.

Na época, o Brasil recebeu a isenção das tarifas sobre o aço por conta de sua “importante relação de segurança com os EUA”.

Ainda assim, dois anos depois a gestão diminuiu a cota de importação de produtos semi-acabados brasileiros, ambas as medidas foram revogadas pelo governo Biden em 2022.