Trump retirou os Estados Unidos da Unesco, órgão cultural da ONU, após acusar a instituição de uma "agenda ideológica".
A porta-voz do Departamento de Estado, Tammy Bruce, justificou a decisão, afirmando que a Unesco promove "causas sociais e culturais polarizadoras".
Além disso, ela disse que a Unesco foca de forma "desproporcional" nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, conhecidos como Agenda 2030.
Segundo a porta-voz, esses objetivos seriam uma "agenda ideológica e globalista de desenvolvimento internacional":
"A UNESCO promove causas sociais e culturais polarizadoras e mantém um foco desproporcional nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, uma agenda ideológica e globalista de desenvolvimento internacional que vai contra nossa política externa America First."
Bruce também citou a decisão da Unesco de admitir o "Estado da Palestina" como membro.
Para a porta-voz, essa medida é "extremamente problemática, contrária à política americana e contribuiu para a proliferação da retórica anti-israelense dentro da organização".
Essa é a terceira vez que os Estados Unidos deixam a Unesco. A primeira aconteceu em 1984, sob o governo Ronald Reagan.
O presidente ordenou a saída do país acusando a organização de "O anúncio foi feito através do Departamento de Estado americano, após alegar que a participação na organização "não contribui para os interesses nacionais".".
Em 2018, o próprio Donald Trump já havia retirado o país, justificando a decisão com críticas ao "viés anti-Israel" do órgão e citando a necessidade de reforma.
Cinco anos depois dessa medida, o governo de Joe Biden colocou os EUA de volta na instituição.
A diretora-geral da Unesco, Audrey Azoulay, lamentou a saída dos EUA, mas afirmou não estar surpresa, pois a organização já se preparava para a medida:
"Lamento profundamente a decisão do presidente Donald Trump de, mais uma vez, retirar os Estados Unidos da América da Unesco. (...) Por mais lamentável que seja, esse anúncio já era esperado, e a Unesco se preparou para isso"
O secretário-geral da ONU, António Guterres, também disse “lamentar profundamente” a decisão.
Os Estados Unidos correspondem a aproximadamente 8% do orçamento total da agência da ONU.
Em 2018, antes da segunda retirada de Trump, os EUA financiavam aproximadamente 20% do orçamento.
Como um veículo independente, não aceitamos dinheiro público. O que financia nossa estrutura são as assinaturas de cada pessoa que acredita em nossa causa.
Quanto mais pessoas tivermos conosco nesta missão, mais longe iremos. Por isso, agradecemos o apoio de todos.
Seja também um membro da Brasil Paralelo e nos ajude a expandir nosso jornalismo.
Cupom aplicado 37% OFF
Cupom aplicado 62% OFF
MAIOR DESCONTO
Cupom aplicado 54% OFF
Assine e tenha 12 meses de acesso a todo o catálogo e aos próximos lançamentos da BP