Dez curiosidades sobre o presidente Ronald Reagan, “herói” de muitos conservadores americanos e internacionais
Ronald Reagan foi um presidente de grandes vitórias e desafios. Conheça as curiosidades mais marcantes de sua presidência e como ele marcou a história global.
Ronald Reagan é um dos presidentes mais emblemáticos da história dos Estados Unidos. Sua trajetória misturou política, carisma e um estilo único de comunicação. De ex-ator a líder mundial, ele começou desde estudante, liderando um protesto contra o diretor de sua faculdade.
Ronald conquistou primeiros lugares em sua carreira política. Foi o primeiro Presidente a permitir orações em escolas e a nomear uma mulher para a Suprema Corte.
Este texto explora curiosidades sobre Reagan que acabam pouco lembradas, como a permissão ao aborto e crimes da CIA durante seu governo. Ele deixou um legado complexo, que até hoje gera discussões.
Conheça agora os fatos desconhecidos que marcaram um dos maiores presidentes da história dos Estados Unidos.
O governo de Ronald Reagan está envolvido nas origens de alguns dos principais conflitos modernos, como os tratados economicos com a China, as drogas no e o aborto no país - entenda essa história no documentário O Fim das Nações.
Ronald Reagan foi ator, comediante, narrador esportivo e salva vidas
Ronald trabalhou como salva-vidas em Rock River por sete anos e salvou 77 pessoas nesse meio tempo. Estudou economia e sociologia na Eureka College e se graduou em 1932.
Nessa foto ele é o homem pulando para dentro da canoa.
Foi trabalhar como narrador de jogos na Universidade de Iowa e ganhava 10 dólares por cada partida. Disso, Reagan se tornaria locutor de rádio em Davenport e passaria a ganhar cem dólares por mês.
Seguiu carreira na Rádio WHO como narrador e comentarista dos jogos do Chicago Cubs, um time de beisebol. Esse pequeno vídeo do Instituto Ronald Reagan conta um resumo da sua trajetória pelo rádio e até guardaram seu antigo microfone:
Em uma viagem com os jogadores para a Califórnia, fez um teste de atuação que lhe rendeu um contrato de sete anos com o estúdio Warner Bros.
Seu primeiro papel de destaque foi como protagonista de Love is on the air de 1937. Dois anos depois já tinha aparecido em dezenove filmes. Em 1941 foi eleito a quinta estrela mais popular da geração jovem de Hollywood.
Críticos de cinema e o próprio Reagan consideravam que seu melhor trabalho foi em Kings Row de 1942, mas não pôde aproveitar do sucesso porque foi recrutado para o Exército dois meses depois.
Veja o trailer do filme:
Reagan voltou a fazer filmes após a Segunda Guerra Mundial. Seu último papel foi em The Killers de 1964 e foi a única vez que interpretou um vilão.
No Exército, Reagan serviu na 18.ª Unidade Base das Forças Aéreas do Exército em Culver City (conhecida como First Motion Picture Unit). Essa unidade era formada totalmente por profissionais do cinema. Eles produziam filmes e vídeos de treinamento como peças de propaganda para o Exército.
Reagan deixou o serviço ativo em dezembro de 1945, mas não sem antes ter produzido mais de quatrocentos filmes.
Herói humanitário ao revelar os crimes de guerra nazistas
Ronald ainda salvou um rolo de gravações contendo a liberação de Auschwitz registrada em vídeo. Durante uma visita de Yitzhak Shamir à Casa Branca em novembro de 1983, Reagan teria dito que, enquanto servia no Exército dos EUA durante a Segunda Guerra Mundial, ele fazia parte de uma unidade de filmagem que documentou a libertação de campos de concentração nazistas.
Segundo primeiro-ministro israelense Yitzhak Shamir, Reagan afirmou que guardou uma cópia dessas filmagens porque acreditava que, com o tempo, as pessoas poderiam duvidar da existência do Holocausto.
Ele teria mostrado essas filmagens a um membro da família ou a outra pessoa que questionou os eventos do Holocausto, reforçando sua preocupação com o povo judeu.
Esses relatos sugerem que Reagan teve um papel ativo na documentação dos crimes nazistas e na preservação de evidências visuais cruciais, como as gravações da libertação de Auschwitz, o que poderia ser interpretado como um ato humanitário.
O governo de Ronald Reagan está envolvido nas origens de alguns dos principais conflitos modernos, como os tratados economicos com a China, as drogas no e o aborto no país - entenda essa história no documentário O Fim das Nações.
Liderança entre atores
Em 1941, Reagan foi eleito para o Conselho Administrativo da Screen Actors Guild (SAG). Com o fim dos seus serviços militares, ele assumiu o cargo como vice-presidente. Assumiu a presidência após ser eleito em uma eleição especial.
O presidente anterior foi retirado por conflitos de interesse junto a seis membros da Comissão Executiva.
"Como cidadão, eu não quero ver o nosso país conduzido pelo medo ou ressentimento, e nós nunca podemos negociar qualquer um dos nossos princípios democráticos por causa deste medo e ressentimento."
Não era como se Reagan fosse um informante do FBI, afinal ele não realizava investigações e não tinha como dizer nada que o serviço de inteligência não soubesse.
Reagan já tinha histórico de resistir ao comunistas quando os impediu de destruir o Sindicato dos Ajudantes de Palco. O FBI informou a Reagan que os comunistas vinham fazendo reuniões sobre como agir em relação ao futuro presidente.
O que Ronald fez foi entregar os grupos dentro da SAG que simpatizavam com o Partido Comunista.
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Mais tarde, Reagan foi contratado como apresentador de TV na General Electric Theater, uma série de dramas muito popular. Por força de contrato, tinha que visitar fábricas da empresa durante dezesseis semanas no ano. Reagan chegava a fazer quatorze discursos por dia e ganhava 125 mil dólares anualmente por isso.
Ronald Reagan foi censurado pela Warner
Reagan detestava armas atômicas e a destruição de Hiroshima e Nagasaki foi o estopim para que ele se engajasse em movimentos antinucleares. Em 1945, ele queria participar de um comício anti nuclear em Hollywood, mas a Warner vetou sua aparição.
Ele seria um dos líderes do movimento e até leria um poema, mas isso violaria seu contrato com o estúdio dos irmãos Warner, que não queria grande envolvimento político. Assim, o antinuclearismo de Reagan foi censurado.
Admirador de Roosevelt e do New Deal, Reagan entrou na política como liberal democrata. Ele participava de comitês com orientações do que seria esquerda nos Estados Unidos. Chegava a fazer discursos ideológicos nesses comícios.
Reagan foi um forte apoiador da reeleição de Harry Truman e subiu no palco com ele num evento em Los Angeles. Veja a foto abaixo:
Quem o fez dar uma guinada à direita, foi sua esposa e atriz republicana Nancy Davis. Durante a década de 50 apoiou Eisenhower e Nixon para a liderança do país.
Seus discursos nas fábricas da General Electric não eram ideológicos, mas traduziam a identidade conservadora da empresa.
Influenciado por Lamuel Boulware, um executivo da GE, Reagan adotou ideais de livre mercado, Estado enxuto e anticomunismo. Apesar disso, os discursos de Reagan passaram a desagradar o setor administrativo da empresa e isso resultou em sua demissão.
"Eu costumava ser um democrata. [...] E é por isso que espero e acredito que deve haver muitos aqui, como os vi em todo o país, democratas patrióticos que perceberam que não podiam mais seguir as políticas da liderança liberal de seu partido."
Reagan aprovou o aborto
Além do debate econômico também acontecia o debate sobre aborto na Califórnia e um projeto para flexibilização do procedimento chegou às mãos de Reagan.