Donald Trump e Vladimir Putin se encontram nesta sexta-feira (15) no Alasca, em território americano. O encontro é visto como histórico e pode influenciar diretamente o futuro da guerra na Ucrânia.
O presidente ucraniano Volodymyr Zelenski não participará das negociações, mas acompanha à distância.
Kiev espera, no mínimo, um cessar-fogo temporário para iniciar conversas de paz. Moscou, por sua vez, quer que o acordo de paz venha antes da trégua.
Trump já ameaçou impor “sanções severas” à Rússia caso não aceite parar os ataques. Apesar de dizer estar “decepcionado” com Putin, o republicano mantém proximidade pessoal com o líder russo e é considerado imprevisível.
Para Kiev, qualquer pausa nos ataques já seria positiva, embora haja desconfiança sobre o cumprimento do acordo pela Rússia.
A experiência desde 2014 mostra que cessar-fogos têm sido violados. Por isso, autoridades ucranianas defendem manter um exército forte e buscar garantias de segurança com aliados.
Zelenski e líderes europeus definiram limites para Trump antes da reunião. Uma delas é não discutir a entrega de territórios. Atualmente, quase 19% da Ucrânia está sob controle russo.
Para Kiev, abrir mão de áreas ocupadas abriria precedente perigoso e não garantiria paz. Moscou, por outro lado, não aceita se retirar.
De acordo com Stefan Wolff, da Universidade de Birmingham, o encontro também envolve a redefinição da ordem mundial. Trump busca equilibrar relações com a Rússia e evitar um alinhamento excessivo entre Moscou e Pequim.
“Ainda tenho uma leve suspeita de que o que Trump realmente quer é uma espécie de arranjo ao estilo do século 19, onde a Rússia controla algo, os EUA controlam algo e a China controla outro algo, e todos basicamente respeitam as esferas de influência dos outros”.
A reunião no Alasca pode abrir caminho para uma futura conversa direta entre os líderes da Rússia e da Ucrânia. Até hoje, Putin evitou se encontrar pessoalmente com Zelenski.
O encontro só foi confirmado após Trump ameaçar aplicar sanções à Rússia. A medida atingiria países que mantêm comércio com Moscou, aumentando o isolamento econômico russo.
A Rússia já é o país mais sancionado do mundo. Sem acesso ao sistema financeiro internacional e com ativos congelados, o país enfrenta dificuldades para sustentar o esforço de guerra.
Enquanto isso, em Kiev e Moscou, a expectativa é alta e a cautela prevalece. Um cessar-fogo poderia trazer alívio à população civil e poderia alterar o cenário político e militar da guerra.
O resultado da reunião no Alasca deve influenciar tanto o futuro da Ucrânia quanto o equilíbrio de poder global nos próximos anos.
Putin ascendeu à presidência da Rússia em 1999 para nunca mais deixar o poder máximo do país. É um dos líderes mais longevos desde a queda da dinastia Romanov e da Revolução Russa de 1917.
Maior país do mundo, a Rússia é rica em recursos naturais e tem forte tradição no campo artístico. Também exerce papel relevante na geopolítica internacional.
Apesar disso, sua história é pouco conhecida e compreendida pelo Ocidente.
No curso Uma breve história da Rússia, Lucas Ferrugem, CEO da Brasil Paralelo, percorre o período que vai da formação do território russo, antes de Cristo, até a Rússia contemporânea de Vladimir Putin.
A proposta é mostrar o papel que a federação ocupa no cenário político atual.
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