A reação de Musk encontrou apoio em alguns setores políticos brasileiros, enquanto outros criticaram a atitude do bilionário americano, reforçando a importância de respeitar a legislação e as instituições nacionais.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em uma entrevista em João Pessoa, expressou sua insatisfação com a postura de Musk. Para Lula, "não é porque o cara tem muito dinheiro que ele pode desrespeitar" a decisão de um Tribunal Supremo. O presidente destacou que Musk deve "respeitar as regras deste país", enfatizando que ninguém, independentemente de sua fortuna, está acima da lei brasileira.
No Congresso, as reações variaram de apoio enfático às decisões de Moraes a duras críticas ao STF.
O deputado Carlos Zarattini (PT-SP) reforçou a posição de que "Elon Musk precisa respeitar a soberania e as leis brasileiras". Para ele, cumprir as obrigações legais é um dever de qualquer empresa que queira atuar no país, e o que o STF exige "é o mínimo: que a sua empresa tenha um representante legal no Brasil, conforme previsto na nossa legislação".
Zarattini lembrou ainda que o X enfrenta processos semelhantes na União Europeia por questões ligadas à disseminação de desinformação e conteúdo de ódio.
A senadora Eliziane Gama (PSD-MA) afirmou que "a nossa nação não pode ser desrespeitada por Elon Musk, que se nega a cumprir decisões do STF". Para Eliziane, a liberdade no Brasil "é plena, mas é a lei quem a garante". Em sua fala, ela ressaltou a importância de garantir a obediência ao Estado democrático de direito.
Por outro lado, figuras da oposição, Flávio Bolsonaro (PL-RJ), interpretam a questão de outro modo. Bolsonaro criticou o que considera ser uma ação arbitrária do ministro Moraes, afirmando que "não cumprir decisão judicial é crime, assim como é crime juiz não cumprir a lei".
Ele sugeriu que as decisões de Moraes são ilegais e, portanto, "não devem ser cumpridas". Defendeu a conduta de Musk por não se curvar ao que descreveu como "tirania".
Já o senador Luis Carlos Heinze (PP-RS) se posicionou a favor de um eventual impeachment do magistrado autor da decisão. Afirmou ainda que “temos censura oficialmente efetivada”.
“Em decisão monocrática, Alexandre de Moraes retirou o direito de milhares de brasileiros de expressarem sua opinião. Hoje, temos a censura oficialmente efetivada! Impeachment já!”, declarou Heinze.
A situação colocou em evidência o debate sobre os limites do Poder Judiciário e a relação entre o Estado e as grandes plataformas digitais. A ordem de Moraes e a resposta de Musk criaram um impasse que atraiu atenção nacional e internacional, mostrando o delicado equilíbrio entre o respeito às leis locais e a liberdade de atuação de empresas estrangeiras em um cenário globalizado.
Enquanto a polêmica continua a se desdobrar, uma coisa é certa: a tensão entre a Suprema Corte e o X trouxe à tona uma série de questões importantes.
O desfecho desse embate poderá definir não apenas o futuro da plataforma X no Brasil, mas também o rumo das discussões sobre os limites e responsabilidades de cada Poder no país.
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