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Suprema Corte do Reino Unido decide que definição legal de mulher se refere ao sexo biológico

Discussão sobre identidade de gênero, sexo biológico e legislação no Reino Unido após casos sobre a definição legal de "mulher" chegarem à Suprema Corte.

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
16/4/2025 20:32
CNN

A questão sobre se a definição legal de "mulher" deve se basear estritamente no sexo biológico tem provocado debates acalorados e complexas disputas judiciais no Reino Unido. 

Casos que tangenciam essa definição chegaram à Suprema Corte, colocando a mais alta instância judicial do país no centro de uma discussão com profundas implicações para os direitos de mulheres e pessoas transgênero. 

O debate sobre sexo biológico 

No cerne desta discussão estão visões distintas sobre identidade e direitos. De um lado, grupos de defesa dos direitos das mulheres argumentam pela primazia do sexo biológico na lei, buscando preservar espaços e serviços exclusivos (single-sex spaces). 

Do outro, ativistas e organizações LGBTQIA+ lutam pelo reconhecimento e proteção legal de pessoas transgênero, afirmando que mulheres trans são mulheres. 

Figuras públicas como a escritora J.K. Rowling ganharam notoriedade por apoiar grupos focados na defesa do sexo biológico como categoria legal fundamental.

Legislação chave e interpretações dos tribunais

A interpretação de leis como o Equality Act 2010 (que veda discriminação por sexo e reatribuição de gênero) e o Gender Recognition Act 2004 (que permite a mudança legal de gênero via Certificado de Reconhecimento de Gênero - GRC) é central. 

Casos judiciais relevantes, como o do grupo For Women Scotland, examinaram como essas leis se aplicam. 

As decisões, mesmo em tribunais superiores, têm sido nuançadas, reconhecendo a possibilidade de usar o sexo biológico como critério em contextos legais muito específicos, mas geralmente sem invalidar o status legal de mulheres trans que possuem um GRC.

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