A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) consolidou maioria nesta quarta-feira, 26 de março, para fazer de Jair Bolsonaro e sete aliados réus por uma suposta tentativa de golpe de Estado em 2022.
Três dos cinco ministros já apoiaram a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), com votos de Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Luiz Fux. Restam os votos de Cristiano Zanin e Cármen Lúcia para encerrar a decisão, que, se mantida, abrirá um processo penal com risco de penas de prisão.
Os acusados são:
- Jair Bolsonaro, ex-presidente;
- Alexandre Ramagem (ex-Abin),
- Almir Garnier (ex-Marinha),
- Anderson Torres (ex-Justiça),
- Augusto Heleno (ex-GSI),
- Mauro Cid (ex-ajudante de ordens),
- Paulo Sérgio Nogueira (ex-Defesa) e
- Walter Braga Netto (ex-Casa Civil).
A PGR aponta esse grupo como o "núcleo essencial" de um plano para abolir a democracia nacional.
O relator do processo, ministro Alexandre de Moraes, votou primeiro. Ao longo de 1h50min, falou sobre a existência de organização criminosa estruturada, liderada por Bolsonaro, que usou desinformação eleitoral e minutas golpistas até janeiro de 2023.
Dino reforçou a gravidade, dizendo que “a violência poderia ter causado danos imensos”, enquanto Fux, apesar de preferir o plenário, confirmou:
“Não se pode dizer que nada aconteceu.”
O voto decisivo de Fux, ex-presidente do STF entre 2020 e 2022, foi crucial para sacramentar a maioria.


















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