No último final de semana, o influenciador Felipe Neto esteve no centro de uma grande polêmica. Tudo começou quando a primeira-dama, Janja, insultou o empresário Elon Musk. Em resposta, Musk afirmou que o grupo de Lula perderá as próximas eleições. Felipe Neto, em seguida, entrou na discussão ao publicar em seu perfil de redes sociais um comentário sobre o ocorrido:
“Veremos. Apenas tente interferir. Eu imploro. Apenas tente”.
Nesta esteira, o influenciador esteve entre os assuntos mais comentados das redes sociais. Uma das empresas das quais ele é sócio foi uma foi beneficiada com isenção de impostos pelo Perse, Programa Emergencial de Retomada do Setor de Serviços de Eventos.
A Receita Federal divulgou o registro das empresas beneficiadas pelo Perse, Programa Emergencial de Retomada do Setor de Evento. O programa beneficiou 1.526 empresas e concedeu R$9,6 bilhões em insenções.
Ao todo, o programa beneficiou 1.526 empresas, concedendo isenções de R$9,6 bilhões. As informações divulgadas pelo Fisco incluem empresas que têm, entre os sócios, influenciadores, cantores e artistas de grande visibilidade.
Uma delas é a Play 9 Serviços de Media, Comunicação e Produções Ltda, que tem Felipe Neto como sócio. A isenção recebida pela empresa foi de R$14,3 milhões.
O influenciador disse que as acusações servem para colocar uma cortina de fumaça nas Operação “Contragolpe”, organizada pela Polícia Federal, hoje, 19 de novembro. Quatro militares foram presos por planejar um golpe de Estado em dezembro de 2022.
Nas suas redes sociais, Neto publicou que não é acionista majoritário da Play 9. Segundo ele, a Netolab, empresa da qual detém maioria, teria direito ao benefício, mas optou por pagar 100% dos impostos devidos. No seu perfil no X, publicou:
“A única empresa onde sou sócio majoritário e tomo as decisões chama-se Netolab. Ela se enquadrava no programa PERSE e teria direito a milhões em isenções fiscais.
Eu RECUSEI o benefício e segui pagando 100% dos impostos, mesmo tendo o direito à isenção. Sim, galera ancap, podem me chamar de burro.”
Ele explicou que fez isso porque a Netolab não foi prejudicada pela pandemia, e que o PERSE é um programa de isenção de alguns impostos para empresas impactadas pela pandemia:
“Foi nesse período que meu canal estourou todos os recordes de acessos”, prosseguiu.
Ele também acrescentou que na Play 9, empresa beneficiada pelo programa, é sócio minoritário, sem participação na gestão financeira:
“Ela emprega centenas de pessoas. É uma empresa que me dá um imenso orgulho e da qual faço parte do board.
A Play 9, por agenciar diversos artistas, promover eventos, gravações e mega produções, corria o risco de deixar inúmeros desempregados em função da pandemia. Como várias outras empresas concorrentes, a Play9 se habilitou a receber o benefício por um período de tempo, deixando de pagar alguns dos impostos e utilizando esse dinheiro para manter as operações na crise.”
Ressaltou também que o programa foi criado pelo governo Bolsonaro, com a data limite para uso definida pelo Congresso.
“Já o governo Lula tentou acabar com o PERSE. Ele removeu o benefício para atividades referentes à "produção" em maio deste ano, momento em que a Play9 deixou de utilizar o benefício relativo a este CNAE, seguindo a legislação.”
Ao finalizar, enfatizou que o programa seria uma das únicas iniciativas positivas do governo Bolsonaro e que o governo atual teria interesse em acabar. A razão seria a má execução, que possibilita que empresas de outros ramos, até mesmo o agronegócio sejam beneficiadas.
E concluiu condenando seus críticos:
“Que seja investigado”, afirmou.
Ele também mencionou que a Play 9 é frequentemente atacada por ele fazer parte do quadro de sócios, mesmo como minoritário:
“Algumas vezes tentam atacar a Play 9 apenas por eu estar no quadro societário (mesmo sendo minoritário), em uma perseguição puramente ideológica, vazia, sem qualquer sentido ou real preocupação com as pessoas impactadas.
Estamos acostumados com os ataques baixos e mentirosos dessa turma. Seguiremos trabalhando enquanto o rebanho grita.”
A empresa do youtuber foi uma entre as milhares de empresas que chamaram a atenção nas redes.
Acesse a lista completa aqui.
Conheça as 10 principais empresas contempladas com o programa:
Virgínia Fonseca foi outra influenciadora cuja empresa foi contemplada. A Virgínia Influencer LTDA foi beneficiada com R$4,5 milhões.
A Para a Balada Eventos e Produções, empresa do influenciador Gustavvo Lima conquistou isenção de 18,9 milhões. A Live Nation, uma das maiores produtoras de eventos do Brasil, teve impostos reduzidos em R$ 22 milhões.
A Simone Mendes Produções Musicais, pertencente à famosa cantora sertaneja, foi contemplada com R$8,8 milhões. Já a SG11 & Cia, de Luísa Sonza, recebeu R$562 mil reais.
Essas três últimas empresas são especializadas na realização de eventos, inclusive, presenciais.
O setor de alimentação também teve várias representantes contempladas pelo benefício.
O La Guapa, da renomada chef Paola Carosella, contou com R$ 2,7 milhões de incentivos públicos, enquanto o restaurante Madero teve insenções de cerca de R$69 milhões. Uma série de outros restaurantes, bares e hotéis também foram contemplados.
Instituições que promovem debates e eventos políticos também foram contempladas. O Grupo Lide obteve R$458 mil em isenções. A Esfera Brasil, que promove eventos no país e no exterior, teve benefícios de R$ 19,6 milhões
Tanto o Lide quanto a Esfera promovem eventos, debates e cursos de formação sobre temas políticos e sociais.
Clubes de futebol como o Internacional de Porto Alegre e o São Paulo também receberam respectivamente R$1,9 e 1,4 milhão.
Os valores relativos às renúncias foram informados à Receita Federal pelas próprias empresas.
Felipe Neto foi a única personalidade mecionada nesta reportagem que se manifestou sobre a questão. A Brasil Paralelo segue aberto a qualquer instituição que queira se manifestar em relação ao ocorrido.
A iniciativa foi criada com o objetivo de prestar assistência às empresas do setor de eventos. Com o tempo, outros setores foram sendo incluídos, de modo que atualmente o programa beneficia empresas de organizadores de feiras, congressos, e exposições, serviços turísticos, produção cultural, produção de shows
O programa foi regulamentado pela Lei nº 14.148, de 3 de maio de 2021, e oferece uma série de medidas para ajudar na recuperação dessas empresas.
Conheça melhor cada vantagens fiscais oferecida pela iniciativa:
Para se beneficiar do programa, as empresas devem comprovar que pertencem ao setor de eventos ou áreas relacionadas e que foram impactadas pela pandemia. A participação requer a apresentação de documentação específica e cumprimento de requisitos estabelecidos.
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