Ex-nora de Lula está sendo investigada por suposto esquema na Educação
A ex-nora de Lula é investigada por, supostamente, usar sua influência para facilitar contratos da empresa Life Tecnologia Educacional com órgãos públicos, em especial o Ministério da Educação (MEC) e o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
Carla teria viajado a Brasília em pelo menos duas ocasiões com passagens pagas pelo empresário André Gonçalves Mariano, dono da empresa.
A Life Tecnologia saltou de um capital social de R$ 300 mil, em 2022, para R$ 34 milhões em 2024.
A empresa recebeu ao menos R$ 70 milhões em contratos públicos para fornecer kits de robótica e livros didáticos a prefeituras paulistas, com indícios de superfaturamento e desvio dos recursos via empresas de fachada.
Carla teria sido contratada por Mariano para atuar em seu favor no governo federal. Na agenda do empresário, ela era identificada como “nora” e “amiga de Paulínia”.
O inquérito aponta que ela "parece ter, ou alega ter, influência em decisões do governo federal".
Outro nome ligado ao caso é Kalil Bittar, ex-sócio de Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha.
Ele também foi alvo da operação teria recebido uma “mesada” de Mariano para atuar em favor da Life, segundo a PF.
Kalil é irmão de Fernando Bittar, um dos donos do sítio de Atibaia, investigado na Lava Jato.
A Operação Coffee Break mobilizou 50 mandados de busca e apreensão e seis de prisão preventiva em São Paulo, Distrito Federal e Paraná.
A ação contou com o apoio da Controladoria-Geral da União (CGU) e da Polícia Militar. A Life, os investigados e o MEC não se manifestaram até o momento.
A defesa de Carla informou ao Estado de São Paulo que pediu acesso aos autos e “somente irá se manifestar após o conhecimento integral da investigação”.