As Olimpíadas de Paris terão táxis voadores com direito a hidro-ponto no rio Sena. Os veículos serão Volocopters, grandes drones com uma aparência futurista com capacidade de transportar pessoas. As aeronaves poderão fazer até dois pousos por hora em uma plataforma flutuante que ficará próxima a estação ferroviária de Austerlitz. Veja abaixo um vídeo que mostra como são esses veículos. 

Um decreto oficial publicado na terça-feira, 09 de julho, afirmou que a plataforma poderá operar até  31 de dezembro de 2024, inclusive durante as olimpíadas que começarão no próximo dia 26. Também chamadas de  "Volocity" , as aeronaves têm dois lugares e são equipadas com 18 rotores elétricos em uma estrutura circular acima da fuselagem. 

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As empresas responsáveis querem usar os jogos para mostrar que a tecnologia pode ser uma eficaz solução de transporte urbano. Quatro outras plataformas de pouso e decolagem já estão instaladas no subúrbio de Paris, incluindo uma no aeroporto Charles De Gaulle.

Transporte sustentável 

Os táxis voadores possuem baixa emissão de carbono e estão sendo vistos como uma alternativa limpa de transporte aéreo. Os fabricantes esperam que no futuro seja possível replicar a tecnologia em outros veículos, como ambulâncias, por exemplo. 

Oposição da prefeitura e impacto ambiental

Membros da prefeitura de Paris e da câmara municipal da cidade se manifestaram contra o projeto. O chefe do departamento de transportes da cidade afirmou em entrevista a uma rádio francesa que até mesmo ecologistas se manifestaram contra os táxis voadores. 

"Eles não são úteis, são não ecológicos e muito caros. Apenas as pessoas mais ricas estão preocupadas com isso”, afirmou David Belliard. 

Ele acrescentou que considera o preço de $135 euros por viagem.Também questionou a legitimidade do governo federal de aprovar a medida. 

Pessoas próximas à prefeita Anne Hidalgo disseram à agência de notícias francesa AFP que a Prefeitura contestará na justiça a permissão para a instalação da plataforma. 

A questão do impacto ambiental também é motivo de preocupação das autoridades locais. De acordo com um  relatório publicado em setembro de 2023, a autoridade ambiental nacional da França (AE) constatou a avaliação de impacto ambiental devido à instalação da plataforma. O órgão alega que o local de pouso não apresentava soluções para questões como poluição sonora. 

Como ainda não foram certificados pela Agência de Segurança da Aviação da União Europeia (EASA), o serviço só poderá ser oferecido durante os Jogos e de forma gratuita