Por que Paraguai e Argentina tomaram a medida?
O decreto paraguaio é resultado de uma investigação do governo que identificou a presença operacional do PCC e do Comando Vermelho no país. O relatório concluiu que as facções atuam como grupos criminosos transnacionais, com traços de organizações terroristas.
No caso argentino, o governo elevou o controle nas passagens com o Brasil, sem restringir turistas. O governo de Javier Milei acrescentará as checagens mesmo sem antecedentes quando houver indícios ligados aos desdobramentos no Rio.
A classificação como narcoterroristas habilita o Estado usar ferramentas financeiras e listas de vigilância.
Buenos Aires também fechou acordos de cooperação com o FBI para inteligência, combate ao financiamento e capacitação policial.
A megaoperação no Rio
As medidas dos países são efeitos internacionais que a megaoperação no Rio de Janeiro provocou.
Executada pela Polícia e o BOPE após receberem informações de um plano de expansão do controle do Comando Vermelho, a operação deixou mais de 120 mortos e mais de 110 prisões.
Além disso, foi apreendido um arsenal de R$5,4 milhões em fuzis, a maioria modelo FAL e cerca de 90% falsificados.
Quais os efeitos das políticas anti-narcoterroristas de Paraguai e Argentina?
- Fronteiras mais duras: Checagens reforçadas e presença de Exército e polícia no Paraguai; alerta máximo e rastreio financeiro acelerado na Argentina.
- Monitoramento financeiro: Busca-se quebrar redes de lavagem, frentes empresariais e remessas rápidas do PCC e o CV.
- Diplomacia anti-narcoterrorista: Operações conjuntas e expulsões imediatas de foragidos tendem a crescer.
De agora em diante, os governos da Argentina e do Paraguai trabalharão no desmantelamento de duas das maiores organizações criminosas do Brasil.
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