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Primeiro Comando da Capital: como oito presos fundaram a maior facção do país

Segurança pública
PCC
Reprodução/Reuters
Redação Brasil Paralelo

Na Avenida Faria Lima, em São Paulo, o sol reflete nas fachadas de vidro dos prédios que abrigam fundos de investimento, escritórios de advocacia e startups.

Por trás desse símbolo do sucesso econômico brasileiro, circula um dinheiro difícil de rastrear, parte dele tem origem em um império construído dentro das prisões.

Em 2025, uma investigação da Polícia Federal rastreou movimentações financeiras atribuídas ao Primeiro Comando da Capital (PCC). As transações cruzavam 28 países e revelavam a dimensão internacional da facção.

O contraste era claro: a avenida símbolo do progresso conectada às rotas da cocaína que partem da Bolívia e do Paraguai.

O PCC, que nasceu como uma reação dentro das cadeias paulistas, tornou-se o maior grupo criminoso da América Latina, uma estrutura que combina disciplina militar, lógica de mercado e influência política.

  • Entenda como foi a operação que deflagrou o esquema do Primeiro Comando da Capital. Assista agora no canal da Brasil Paralelo.

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As origens: uma ideia nascida dentro das grades

Em 2 de outubro de 1992, aconteceu o massacre do Carandiru. Durante uma rebelião, 111 criminosos foram mortos pela polícia no pavilhão 9.

As imagens das celas ensanguentadas percorreram o mundo e deixaram uma ferida profunda no sistema prisional.

O ambiente fomentou o surgimento de uma nova organização. De acordo com Márcio Christino e Cláudio Tognolli, no livro Laços de Sangue:

“Depois da rebelião, o Estado abdicou do poder de controle do espaço público dentro do sistema prisional”. 

Em 31 de agosto de 1993, no anexo da Casa de Custódia de Taubaté, oito presos fundaram o Primeiro Comando da Capital. Em Laços de Sangue, os autores descrevem que eles queriam dominar o sistema penitenciário.

“Na cabeça de todos eles, a mesma ideia: conseguir o domínio do sistema penitenciário”.

A partida de futebol que nunca aconteceu

O PCC começou com um time de futebol. A quadra para a partida que nunca aconteceu virou palco de um pacto de sangue.

Os oito fundadores foram:

  • José Márcio Felício (Geleião;
  • César Augusto Roriz (Cesinha);
  • Mizael Aparecido da Silva (Miza);
  • Wander Eduardo Ferreira (Du Cara Gorda);
  • Ademar Santos (Da Fé);
  • Antônio Carlos dos Santos (Bicho Feio);
  • Isaías Moreira do Nascimento (Esquisito);
  • José Epifânio Pereira (Zé Cachorro).

Durante uma partida, Geleião matou Baiano Severo, um dos líderes do presídio, quebrando-lhe o pescoço. O jornalista Claudio Tognolli descreveu o episódio como um “batismo de sangue”:

“José Márcio envolveu a cabeça do adversário com as duas enormes mãos e, como quem alisa uma bola, matou com um movimento só.”

A partir daquele dia, os oito assumiram o controle interno. Nenhum conflito acontecia sem o aval do grupo. O Piranhão se tornou o primeiro território do PCC.

“Geleião admitiu que, depois de ter matado os dois, o grupo se reuniu e decretou que era o momento de selar e fundar a organização: ‘agora nós vamos fundar’”.

O estatuto do PCC

Em 1997, Mizael Aparecido redigiu o primeiro estatuto oficial do PCC, com 16 artigos. O documento transformou o desejo de vingança em uma estrutura de poder.

O Artigo 13 dizia:

“Temos que permanecer unidos e organizados para evitar que ocorra novamente um massacre, semelhante ou pior ao ocorrido na Casa de Detenção em 2 de outubro de 1992, onde 111 presos foram covardemente assassinados, massacre este que jamais será esquecido na consciência da sociedade brasileira. Porque nós do Comando vamos sacudir o sistema e fazer essas autoridades mudarem a prática carcerária desumana, cheia de injustiça, opressão, tortura e massacres nas prisões”.

A retórica de justiça escondia um objetivo político: disciplinar a massa carcerária e centralizar o comando. O texto proibiu delações, estupros e traições. A punição era direta, o infrator seria “cortado do comando”, expressão que significava execução.

“Irmão não mata irmão. Irmão não explora irmão”. Em outro ponto continua: “Você não vai mais ser explorado. Se alguém mexer com você, vai mexer comigo”.

Influência da máfia italiana

Nos primeiros anos, dois italianos ajudaram a moldar o PCC. Bruno e Renato Torsi, ligados à Camorra, foram presos em São Paulo em 1990. No presídio, tornaram-se próximos de Mizael e apresentaram à facção práticas típicas da máfia napolitana:

  • códigos de conduta e disciplina interna;
  • cobrança de mensalidades;
  • apoio a famílias de presos e assistência jurídica;
  • reinvestimento e lavagem de dinheiro.

Após serem extraditados, mantiveram contato por cartas. Hoje, a facção mantém laços com a ’Ndrangheta, grupo italiano que domina o tráfico europeu de cocaína. De acordo com o pesquisador Alexandre Ribeiro:

“A convivência com os Torsi deu ao PCC um modelo mafioso de organização. De um grupo de revoltados, virou uma facção estruturada e financeiramente sustentável.”

1999: a rebelião que mudou tudo

Em 1999, uma rebelião na Casa de Custódia de Taubaté marcou o fim dos fundadores.

Da Fé e Bicho Feio foram mortos pelos próprios companheiros. Uma das cabeças foi arremessada sobre o muro um aviso de que o comando havia mudado.

Com essa ruptura, o PCC ganhava um novo líder: Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola.

“Os novos chefes do ‘PCC moderno’ quebraram o maior paradigma de todos, a intocabilidade dos ‘fundadores’”, afirma Tognolli

Marcola e a profissionalização do crime

Marcola não participou da fundação, mas foi ele quem transformou o grupo em um sistema. Criou um modelo de comando dividido em “Sintonias”, responsável por cada área, finanças, logística, inteligência e comunicação.

O formato descentralizado permitiu que a organização continuasse operando mesmo com suas lideranças presas. Sob Marcola, o PCC deixou de ser uma revolta e passou a ser um projeto.

Preso desde 2002, Marcola segue sendo referência simbólica da estrutura criada dentro do sistema prisional.

Influência de Maurício Norambuena

Na prisão, Marcola conheceu Maurício Hernández Norambuena, o “Capitão Ramiro”, ex-integrante da Frente Patriótica Manuel Rodríguez, grupo armado que combateu o regime de Pinochet no Chile.

Norambuena havia sido condenado à prisão perpétua por atentado e sequestro. Fugiu de helicóptero em 1996, foi preso no Brasil após o sequestro do publicitário Washington Olivetto e, em 2002, enviado ao Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) em Presidente Bernardes.

Ali, conheceu Marcola. Segundo o Ministério Público, o chileno compartilhou táticas de guerrilha e de organização em rede.

O PCC adotou uma estrutura mais autônoma, com células descentralizadas e estratégias simbólicas, como ataques coordenados fora do expediente, prática observada nos ataques de 2006.

Norambuena foi extraditado em 2019, após quase vinte anos preso no Brasil.

Como o PCC se organiza?

Com base em relatórios do Gaeco, o PCC funciona como um Estado clandestino, com divisão de funções e arrecadação estruturada:

  • Sintonia Final (Cúpula): decide as diretrizes gerais;
  • Sintonia Restrita: inteligência e contraespionagem;
  • Sintonia Geral dos Presídios: controla comunicação e disciplina nas cadeias;
  • Sintonia do Progresso: gerencia finanças e o caixa central;
  • Sintonia dos Gravatas: advogados e contatos externos;
  • Sintonia do Exterior: administra as rotas internacionais;
  • Sintonia Final da Rua: coordena operações por região;
  • Quadro dos 14: tribunal interno que julga e executa punições.

A estrutura é comparada por investigadores a um “organismo vivo”: quando um setor é atingido, outro se adapta.

“A essa Sintonia Final se submetem as outras ‘sintonias’, que funcionariam como departamentos”, afirma Christino.

O “sistema” e a “rua”

O PCC divide sua atuação em duas frentes: o sistema (as prisões) e a rua (operações externas).

Dentro das cadeias, controla a rotina dos detentos e mantém comunicação por “salves”, mensagens cifradas transmitidas por advogados, conhecidos como “Gravatas”.

Cada presídio envia relatórios semanais chamados “Resumo”, com informações sobre finanças, punições e ordens.

Fora das prisões, o grupo regula o tráfico e media disputas entre criminosos. O controle é sustentado por disciplina e uma burocracia eficiente.

Disciplina e moral da facção

A fidelidade ao comando é obrigatória. Traição ou delação resultam em execução. Em bairros periféricos, o PCC impõe regras de convivência: proíbe furtos locais, agressões a mulheres e crimes contra crianças.

Em muitas comunidades, moradores recorrem ao “tribunal do crime” para resolver conflitos.

Em Laços de Sangue, os autores afirmam:

“O PCC não é uma sociedade criminosa, mas uma sociedade formada por criminosos” e fico imaginando se alguém pode realmente pensar desse modo após ouvir as discussões de um Tribunal do Crime ou o planejamento de mortes sem fim”.

O PCC como movimento político-criminal

Mais que uma facção, o PCC construiu uma narrativa de resistência. Em mensagens interceptadas, líderes afirmam ser “a voz dos oprimidos”.

“Os oprimidos contra os opressores; enquanto não pararem as covardias e os maus-tratos nos sistemas penitenciários, não pararemos nossas ações sem limites”. Estamos fortes como nunca. Estamos nos fortalecendo mais com as opressões que eles botam em cima da gente. Pode aguardar, seu Nagashi. Assinado: 1533 PCC.”

A facção tornou-se uma forma de poder paralelo, capaz de julgar, punir e intermediar conflitos um sistema próprio de  governança.

Onde o poder se concentra

  • Dentro das prisões

O sistema penitenciário é o berço e o trono da facção. A Sintonia Geral dos Presídios coordena os “gerais de cadeia”, que funcionam como governadores locais. Nenhuma decisão ocorre sem aval do comando: fugas, transferências ou rebeliões.

  • Nas ruas

Cada território tem um “geral da quebrada”, responsável por controlar o comércio de drogas, manter a ordem e enviar recursos ao caixa central, chamado de “Livro” ou “B.O.”.

Em troca, o PCC financia cestas básicas, festas de bairro e apoio a famílias de presos, reforçando laços de lealdade.

A rota caipira e o tráfico internacional

Nos anos 2000, a facção expandiu suas fronteiras. A “rota caipira” liga o interior paulista ao porto de Santos e tornou-se o principal corredor do tráfico.

A facção passou a comprar cocaína diretamente de produtores na Bolívia, Paraguai e Colômbia, e a negociar com cartéis internacionais. Em 2023, o Ministério Público de São Paulo confirmou a presença do PCC em 28 países.

A droga segue para portos intermediários na África e na Europa, especialmente em Cabo Verde e Portugal. O grupo consolidou-se como a maior rede criminosa de língua portuguesa do mundo.

Engrenagem financeira

Com a expansão global, o PCC se tornou também uma organização financeira. As investigações apontam movimentações de centenas de milhões de reais por meio de empresas de fachada, postos de gasolina, transportadoras, revendas de veículos e até criptomoedas.

Internamente, há um sistema de crédito com empréstimos entre membros, juros fixos e prazos. Planilhas, cobranças e relatórios registram cada operação. 

Como o PCC financia o próprio poder

O tráfico internacional segue como principal fonte de receita, mas há outras:

  • mensalidades dos membros, conhecidas como “cebola”;
  • rifas e empréstimos;
  • sequestros esporádicos;
  • comércio interno nas cadeias.

Durante a pandemia de 2020, o grupo manteve suas finanças por meio de empresas laranjas. O caixa sustenta advogados, famílias de presos e compra de armamentos. A inadimplência pode ser punida com morte.

Ataques simbólicos

2001: o grito das cadeias

Em 28 de fevereiro, 29 presídios de 19 cidades se rebelaram simultaneamente. Cerca de 28 mil presos tomaram reféns e exigiram melhorias.

Revista Veja, 28 de fevereiro de 2001. Imagem: reprodução.

Foi a primeira grande demonstração de força do PCC.

Tentativa de atentado ao Fórum da Barra Funda - 2002

Em março de 2002, as ações do Grupo de Repressão e Análise de Delitos de Intolerância (Gradi) levaram Cesinha a propor uma série de atentados.

No dia 7 de março, um Escort branco, ano 1984, sem placas, foi deixado no pátio do Fórum Criminal da Barra Funda, em São Paulo, com cerca de 40 quilos de explosivos no interior. O veículo estava estacionado desde a véspera.

Na noite anterior, um servidor foi visto dentro do carro. Na manhã seguinte, o veículo permanecia com os faróis acesos. O complexo judiciário foi imediatamente evacuado.

Um bilhete deixado no banco informava que a ameaça era “uma resposta ao massacre” de doze pessoas fuziladas pela polícia na capital paulista, e trazia a assinatura do Primeiro Comando da Capital (PCC).

A descoberta só ocorreu graças a um telefonema anônimo recebido por uma funcionária do fórum, que alertou sobre o risco.

2006: a guerra declarada

Cinco anos depois, a facção mostrou poder nas ruas. Durante quatro dias, delegacias, ônibus e bases da PM foram atacadas. Cinquenta e nove agentes públicos morreram.

A ação foi resposta à transferência de líderes para presídios federais.

Na mesma semana, dois jornalistas da TV Globo foram sequestrados. A exigência era que a emissora exibisse um vídeo com denúncias sobre o sistema prisional. O vídeo foi ao ar na madrugada de 13 de maio.

Veja o Plantão que transmitiu a mensagem do PCC:

O poder da mensagem

Cada ataque tinha um significado. Em 2003, o juiz Antônio José Machado Dias, corregedor de presídios, foi assassinado. Em 2005, o diretor penitenciário José Ismael Pedrosa teve o mesmo destino.

Em 2012, o estatuto ganhou o Artigo 18:

“Vida se paga com vida, e sangue se paga com sangue.”

A frase consolidou a vingança como norma interna e a “ideia” do comando como algo maior que seus próprios líderes.

Em 15 de setembro de 2025, Ruy Ferraz Fontes, ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo e um dos principais nomes no combate ao PCC, foi executado a tiros em Praia Grande.

O ex-agente foi um dos responsáveis pelo indiciamento e prisão de Marcola.

De uma cela abafada em Taubaté, o PCC se transformou em uma rede que conecta o sistema prisional brasileiro a operações internacionais. Uma estrutura que combina disciplina, lucro e organização, com presença consolidada dentro e fora das prisões.

O filme que investigou a (in)segurança pública no Brasil

A atuação do Primeiro Comando da Capital expõe o alcance do crime organizado no Brasil.

Essa realidade é tema de Entre Lobos, a maior investigação já feita sobre segurança pública no país. O documentário revela como as facções cresceram, como operam dentro e fora das prisões e o impacto direto dessa guerra na vida dos brasileiros.

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