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Atualidades
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Padres podem ser presos por críticas ao islamismo radical

Ministério Público pede até três anos de prisão em processo por crime de ódio.

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
29/9/2025 14:18
Reprodução

Dois padres espanhóis Custodio Ballester e Jesús Calvo e o leigo Armando Robles enfrentam um processo por crime de ódio na Espanha.

O Ministério Público acusa o grupo de incitar preconceito contra muçulmanos após críticas ao islamismo radical em programas de TV e textos publicados anos atrás.

O termo crime de ódio é usado na legislação espanhola para punir discursos ou ações que ataquem pessoas por causa de sua religião, etnia, orientação sexual ou outra condição protegida.

A promotoria pede quatro anos de prisão para Robles, além de multa de € 3 mil (cerca de R$18,7 mil) e proibição de lecionar por dez anos. Para os padres, a pena pedida é de três anos de prisão.

Em 2017, a Associação de Muçulmanos Contra a Islamofobia acionou o Ministério Público de Barcelona após declarações feitas no programa La Ratonera (“A Ratoeira”).

O processo também incluiu um artigo escrito pelo padre Ballester em 2016, intitulado O diálogo impossível com o Islã.

No texto, ele criticava uma carta pastoral do cardeal Juan José Omella, arcebispo de Barcelona, intitulada "O diálogo necessário com o Islã".

  • A liberdade religiosa está garantida em todos os tratados internacionais de direitos humanos. Ainda assim, continua sendo violada em diversos países. No canal da Brasil Paralelo você pode entender a importância da religião, do direito à liberdade e os motivos pelos quais a perseguição religiosa persiste até hoje.

Risco de prisão por expressar uma opinião

Ao comentar a acusação, o padre Ballester disse que suas declarações foram inspiradas por Deus.

“Como diz Jesus Cristo, eles nos levarão à sinagoga e aos tribunais, e lá o Espírito Santo nos dará sabedoria que nossos adversários não serão capazes de neutralizar. Acho que no sacerdócio essa possibilidade às vezes surge, e já surgiu para mim.”

Ele afirma que foi denunciado não por um crime concreto, mas por expressar sua opinião.

“Não estou sendo acusado de nenhum crime hediondo, mas simplesmente de ter expressado minha opinião sobre como é o islamismo em certas circunstâncias”.

De acordo com o padre, sua declaração não foi sobre toda a religião islâmica, mas sobre grupos radicais que pregam o “extermínio dos infiéis e, em certos círculos, tratam terroristas que matam pessoas da mesma forma que os cristãos veneram os santos”.

“Eles são minoria em percentuais, mas somam milhões em números absolutos”. Declarou o padre.

Ballester disse que está disposto a reafirmar suas palavras, mesmo diante da possibilidade de condenação.

“Talvez o lógico seja não fazer isso. Mas, como nunca se sabe, bem, veja bem, eu teria que me resignar e fazer apostolado na prisão.”

Ele questiona ainda o impacto real das suas declarações.

“Que consequências essas palavras tiveram? Nenhuma. É claramente um meio de coerção e controle ideológico.”

Em outra entrevista, o sacerdote espanhol associou o processo a um cenário de perseguição às vozes críticas ao islamismo e ao enfraquecimento do cristianismo na Europa:

“O cristianismo não resistiu. Renunciamos a qualquer liderança cultural, espiritual ou moral. Parece que tudo o que queremos liderar é distribuir comida aos pobres. Esta não é a missão que Cristo confiou à Igreja, mas a sua consequência.”

Ele comparou a própria situação à de Asia Bibi, cristã condenada à morte por blasfêmia no Paquistão e posteriormente absolvida:

“Se eu tiver que ir para a prisão como Asia Bibi, então eu irei.

Para Ballester, o caso não é apenas pessoal, mas um símbolo do que ele chama de crise de liberdade no Ocidente:

“A liberdade não nos é dada pela Constituição espanhola. Cristo a conquistou para nós na cruz. E cada geração deve lutar por ela... pela liberdade de orar, de pensar, de educar nossos filhos de acordo com nossas próprias convicções e não com as impostas por um Estado despótico.”

O julgamento acontecerá no dia 1º de outubro. Se as penas pedidas forem aceitas, os dois padres poderão cumprir até três anos de prisão.

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