A ONU recomendou ao governo brasileiro que suspenda a criação de novas escolas cívico-militares. A orientação foi emitida pelo Comitê de Direitos da Criança, após receber denúncia formal apresentada por parlamentares do PSOL de São Paulo, entre eles Carlos e Celso Giannazi.
A recomendação foi apresentada no contexto da Revisão Periódica Universal, um ciclo de avaliação sobre direitos humanos aplicado a todos os países membros da ONU a cada quatro anos e meio.
O comitê da ONU orienta o Brasil a interromper a expansão do modelo cívico-militar e sugere que o país adote medidas que reforcem uma abordagem pedagógica baseada em:
A entidade expressa preocupação com eventuais impactos do modelo sobre o ambiente escolar e o desenvolvimento das crianças e adolescentes.
A discussão sobre o tema ganhou força após o governo de São Paulo anunciar, em abril, a conversão de cem escolas estaduais para o formato cívico-militar.
A medida foi proposta pela Secretaria Estadual da Educação e apoiada por decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, que autorizou a criação dessas unidades com base na autonomia dos estados.
Antes da implementação, foram realizadas consultas públicas com a participação de pais, estudantes e profissionais da educação.
Segundo dados oficiais, mais de 106 mil votos foram registrados, com 87% dos participantes aprovando a transição para o modelo cívico-militar. Em três escolas, a adesão foi unânime.
As escolas cívico-militares combinam gestão educacional com apoio de militares da reserva, especialmente em áreas como disciplina, organização e segurança. As atividades pedagógicas permanecem sob responsabilidade de educadores civis.
Enquanto os defensores argumentam que o modelo contribui para melhorar o desempenho dos alunos e o ambiente escolar, críticos afirmam que ele pode restringir a liberdade pedagógica e afetar o convívio democrático.
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