A tragédia no Rio Grande do Sul gerou cenas desoladoras. Nas palavras de quem presenciou o fato: um cenário de guerra. Uma dessas situações foi o suposto surgimento de ilhas no rio Guaíba, logo após o fim das primeiras chuvas. Para desvendar tudo o que aconteceu naqueles dias, a Brasil Paralelo foi até o estado e registrou depoimentos e imagens exclusivas. O documentário original O Resgate mostra como as perdas materiais foram só a ponta do iceberg do pior desastre da história do Rio Grande do Sul.
A possibilidade de que ilhas teriam surgido nas águas do Guaíba começou a ser levantada após uma reportagem da CNN Brasil, no dia 4 de maio. Durante a transmissão, é possível ver um grande montante de terra boiando em meio à inundação. Por volta dos 5 minutos do vídeo, a jornalista diz:
“Olhem! Um monte verde passando por ali!”
Meses após a matéria, fotos de drones mostraram grandes faixas de areia que antes
não existiam no local. Veja abaixo:
Na semana passada, uma equipe da Record TV esteve na área e apurou que o banco de areia tem o tamanho de cerca de 30 campos de futebol. Segundo a matéria, a superfície seria formada pelos sedimentos de terra que se desprenderam durante a enchente.
O local está a cerca de uma hora do cais Mauá, que fica às margens do rio Guaíba. De lá, é possível ver o estádio Beira-Rio, pertencente ao time do Internacional.
Mas, afinal, o banco de areia é ou não uma ilha?
O engenheiro Leomar Teichmann conhece a região. Em entrevista à mesma emissora, explicou que uma ilha é uma porção de terra cercada de água por todos os lados. Para ele, o banco de areia tem características de ilha.
O especialista afirmou que a forma como o local se formou é parecida com o processo de formação das demais ilhas da região.
“A gente tem solo que é oriundo de outros locais e foi depositado aqui. O surgimento das demais ilhas é muito semelhante a isso que estamos testemunhando. É um material que sedimentou e foi depositado e, com a presença de material orgânico, propiciou o surgimento de vegetação”.
A população local tem visitado a “nova ilha” para momentos de lazer. A reportagem alerta, por isso, que o local não possui guarda-vidas nem infraestrutura. Sendo assim, é importante que as pessoas tomem cuidado.
A equipe da Brasil Paralelo entrou em contato com a Secretaria Municipal de Mobilidade, Acessibilidade e Segurança (SMMAS) da capital gaúcha para entender como o poder público está lidando com a situação. No entanto, até o fechamento desta reportagem, o órgão não havia respondido aos questionamentos.
“Era como se as casas tivessem vomitado”. A afirmação é de um voluntário que atuou no atendimento e no resgate de pessoas no Rio Grande do Sul. Passados dois meses da maior enchente da sua história, o estado ainda tem locais devastados. De acordo com dados da Defesa Civil, em 09 de maio a tragédia havia impactado 425 cidades. Vinte e dois dias depois, já tirara a vida de 169 pessoas. Números preliminares da época deram conta que 88 pessoas desapareceram e 647 mil gaúchos perderam suas casas. No dia 10 de julho, o número de cidades afetadas chegou a 478.
No entanto, a esperança daqueles que perderam tudo impressiona. Um trecho do filme levanta a hipótese de que, talvez, o luto torne o gaúcho mais unido. A dor das memórias que se foram pode se tornar base para novas, bem distantes daqueles dias iguais, que pareciam não ter fim.
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