Durante a cobertura do Conclave de 2025, especialistas explicaram aspectos históricos e simbólicos ligados aos títulos utilizados pelo papa e pelos cardeais, bem como a estrutura institucional da Igreja Católica.
O papa exerce uma função que reúne dimensões espirituais e políticas. Segundo o professor Marcelo Andrade, que participou da transmissão da Brasil Paralelo:
“O Papa é uma figura única: soberano de uma monarquia eletiva, com funções legislativas, judiciais e executivas concentradas em sua pessoa”.
Além de ser considerado o sucessor de São Pedro e líder espiritual dos católicos, ele também atua como chefe de Estado do Vaticano, território reconhecido como o menor país do mundo.
De acordo com Marcelo Andrade, isso se relaciona à função que esses clérigos exercem no auxílio ao Papa, tanto na administração da Igreja quanto na manutenção da unidade com a Sé de Roma.
Cada cardeal, mesmo que resida em outro país, recebe simbolicamente o título de uma igreja em Roma, “em memória do tempo em que os clérigos romanos eram os responsáveis por eleger o Papa”, explicou.
Durante a transmissão, também foram discutidos os significados de dois títulos atribuídos ao Papa: “vigário de Cristo” e “servo dos servos de Deus”.
O primeiro expressa o papel do pontífice como representante de Cristo na Terra, segundo a doutrina católica.
Já o segundo, adotado por São Gregório Magno, surgiu em meio a uma disputa com o patriarcado de Constantinopla.
Esse título indica a ideia de que o papa deve exercer sua autoridade com espírito de serviço e humildade”, comentou o professor Felipe Aquino.
Os comentaristas ainda abordaram aspectos históricos envolvendo a nomeação de cardeais em períodos passados.
Em determinados contextos, houve casos em que a escolha era influenciada por vínculos familiares, prática que gerou o uso do termo “nepotismo”, derivado do italiano nipote (sobrinho).
“Houve épocas em que leigos foram feitos cardeais, e laços familiares pesavam nas decisões”, observou Andrade.
Para o padre Douglas, que também participou da análise, a eleição papal segue sendo um processo que envolve discernimento religioso e continuidade institucional.
Em suas palavras: “A eleição do Papa não é uma simples escolha política: é a busca por alguém capaz de conduzir o barco de Pedro em meio às tempestades do mundo atual”.
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