O atirador
Routh já foi preso em 2002, após ameaçar policiais que o abordaram com uma arma de fogo. Em seguida, tentou se esconder dentro de um estabelecimento comercial.
O suspeito passou a maior parte da vida na Carolina do Norte, porém havia se mudado com o filho para a cidade de Oahu, no Havaí.
Lá, os dois trabalhavam no ramo da construção civil, administrando uma empresa especializada na construção de galpões.
Doador democrata e ex-eleitor de Trump
Segundo o jornal The New Yorker, Routh era um eleitor democrata. Desde 2019, ele vinhaque vinha realizando doações para o partido.
O atirador afirmou ter votado em Donald Trump durante a corrida presidencial de 2016. No entanto, havia se arrependido ao longo da gestão.
A guerra na Ucrânia
Após a Rússia invadir a Ucrânia em 2022, Routh se mobilizou para tentar ajudar o país do Leste Europeu.
O suspeito utilizava as redes sociais para ajudar ativamente no recrutamento de voluntários dispostos a lutar contra as forças russas no conflito.
Durante uma entrevista ao New York Times, Routh afirmou ter viajado para a Ucrânia na tentativa de recrutar afegãos que fugiram do regime Talibã e ter viajado para Washington D.C. para fortalecer o apoio americano à Ucrânia.
Em julho, o suspeito teria postado uma mensagem em sua conta no Facebook pedindo paciência aos voluntários:
"Soldados, por favor, não me telefonem. Ainda estamos tentando fazer com que a Ucrânia aceite soldados afegãos e esperamos ter algumas respostas nos próximos meses... Por favor, tenham paciência."
Nas redes sociais também foi encontrado material pró-Palestina, pró-Taiwan e anti-China, classificando a pandemia de Covid-19 como um ataque de guerra biológica.
A reação de Trump
Donald Trump culpou a retórica agressiva do Partido Democrata pelos atentados que vem sofrendo:
"A retórica deles está fazendo com que atirem em mim, quando eu sou aquele que vai salvar o país, e eles são os que estão destruindo o país - tanto por dentro quanto por fora."
O ex-presidente afirmou estar bem e a salvo. Enfatizou também que não se renderá:
"Há pessoas neste mundo que farão o que for preciso para nos impedir. Eu não vou parar de lutar por vocês. Eu nunca me renderei."
Até o momento, a campanha de Trump não anunciou nenhum tipo de mudança na agenda do candidato.
Kamala e Biden
A vice-presidente do Partido Democrata, Kamala Harris, condenou a violência política:
"Enquanto reunimos os fatos, serei clara: eu condeno a violência política. Todos nós devemos fazer nossa parte para garantir que este incidente não leve a mais violência."
A vice-presidente também elogiou o serviço secreto e afirmou que apoiará o órgão na defesa do ex-presidente:
"Estou agradecida que o ex-presidente Trump esteja seguro. Eu elogio o Serviço Secreto dos EUA e os parceiros das forças de segurança por sua vigilância. Como o Presidente Biden disse, nossa administração garantirá que o Serviço Secreto tenha todos os recursos, capacidades e medidas de proteção necessários para cumprir sua missão crítica."
Biden também agradeceu a Deus pelo bem-estar do presidente e afirmou que o serviço secreto precisa de mais recursos:
"Tem uma coisa que quero deixar clara: o Serviço precisa de mais ajuda e eu acredito que o Congresso deveria responder a essa necessidade."
A atuação dos agentes do Serviço Secreto na proteção do candidato republicano tem sido alvo de críticas após a tentativa de assassinato na Pensilvânia.