Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Suspendisse varius enim in eros elementum tristique. Duis cursus, mi quis viverra ornare, eros dolor interdum nulla, ut commodo diam libero vitae erat. Aenean faucibus nibh et justo cursus id rutrum lorem imperdiet. Nunc ut sem vitae risus tristique posuere.
A PEC da Segurança Pública deve ser votada no início de dezembro, de acordo com o presidente da Câmara, Hugo Motta.
O relator da proposta, Mendonça Filho (União-PE), pretende apresentar seu parecer no dia 4, com votação prevista para a semana seguinte, em 11 de dezembro.
O texto busca incluir o Sistema Único de Segurança Pública (SUSP) na Constituição e integrar as ações das polícias federal, estaduais e municipais.
A iniciativa ganhou destaque após a megaoperação no Rio de Janeiro, que deixou mais de cem mortos e reacendeu o debate sobre o papel da União na segurança pública.
O que é a PEC da Segurança?
A Proposta de Emenda à Constituição foi enviada em abril de 2025 e pretende dar status constitucional ao Sistema Único de Segurança Pública (SUSP), criado em 2018.
A ideia é criar uma espécie de “SUS da segurança”, garantindo que as polícias e demais órgãos atuem de forma coordenada, com inteligência compartilhada e protocolos unificados.
De acordo com o governo, a mudança traria estabilidade institucional ao sistema, blindando-o de interferências políticas e garantindo financiamento contínuo para ações de segurança em todo o país.
O Ministério da Justiça argumenta que a criminalidade no Brasil se tornou interestadual e transnacional, enquanto as estruturas de segurança continuam fragmentadas.
Hoje, o país possui 27 sistemas diferentes de boletins de ocorrência, mandados de prisão e certidões criminais, o que dificulta o cruzamento de informações.
Com a PEC, o governo quer padronizar a coleta de dados e criar uma base nacional unificada, facilitando a atuação contra facções que operam em vários estados.
Gostaria de receber as principais notícias do dia diretamente em seu E-mail, todos os dias e de graça? Assine o Resumo BP, a newsletter de jornalismo da Brasil Paralelo. Clique aqui e aproveite.
O que muda com a PEC da Segurança Pública?
A proposta altera cinco artigos da Constituição (21, 22, 23, 24 e 144) e estabelece novas regras para o funcionamento das forças de segurança.
Entre as principais mudanças:
A União ganha poder para definir diretrizes gerais da política de segurança pública e defesa social;
O Fundo Nacional de Segurança Pública e o Fundo Penitenciário Nacional passam a ser constitucionais, com repasses obrigatórios e sem possibilidade de contingenciamento;
As Guardas Municipais entram oficialmente na lista de órgãos de segurança pública, com atuação restrita à segurança urbana;
A Polícia Rodoviária Federal passa a ter papel ostensivo em rodovias, ferrovias e hidrovias, podendo ser renomeada para “Polícia Viária Federal”.
A PEC tira autonomia dos Estados?
O governo afirma que a proposta não retira autonomia dos estados nem interfere na hierarquia das polícias locais.
De acordo com o governo, os comandos continuarão subordinados aos governadores, e as competências serão compartilhadas.
A PEC também cria o Conselho Nacional de Segurança Pública e Defesa Social, que reunirá representantes da sociedade civil e dos governos federal, estaduais e municipais.
Além disso, prevê corregedorias e ouvidorias autônomas, com função de fiscalizar e receber denúncias, elogios ou sugestões sobre o trabalho das forças policiais.
“Criam a crise, denunciam a crise e apresentam como solução mais poder para Brasília”, disse o parlamentar.
Ele argumentou que o mesmo movimento já teria ocorrido em outras áreas, como saúde e educação, e agora se repetiria na segurança pública.
“Estão criando o SUS da segurança pública. Sempre centralizando, sempre tirando o poder da sociedade para concentrar no Estado”, afirmou.
O argumento do governo
Para o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, a proposta busca institucionalizar o modelo de cooperação entre forças federais e estaduais já testado em operações recentes.
Um exemplo citado por ele é a Carbono Oculto, que desmantelou um esquema de fraudes e lavagem de dinheiro no setor de combustíveis sem registro de mortes.
“O escritório criado no Rio é um embrião daquilo que queremos com a PEC da Segurança”, afirmou o ministro, ao anunciar uma força-tarefa emergencial no estado.
O presidente Lula também defendeu o projeto:
“Com a aprovação da PEC, as forças policiais vão atuar de forma conjunta no enfrentamento às facções criminosas”, publicou em suas redes.
Entre os críticos da proposta está a deputada Carol De Toni (PL-SC), que classificou a PEC como “fadada ao fracasso”:
O Rio pede socorro e o governo nega. Os bandidos avançam, os policiais perdem suas vidas e Lula finge que não vê.
O mesmo governo que abandona o Rio quer mandar nas polícias de todo o país, com uma PEC fadada ao fracasso.
“O mesmo governo que abandona o Rio quer mandar nas polícias de todo o país”, escreveu nas redes sociais.
O principal ponto de resistência entre opositores é o temor de que a PEC aumente o controle da União sobre as polícias estaduais e reduza a autonomia dos governadores.
O que falta para a PEC da segurança ser aprovada?
A PEC já foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados em julho, mas ainda precisa ser analisada nos plenários da Câmara e do Senado, onde requer três quintos dos votos em dois turnos.
Se aprovada, criará um novo marco legal para a segurança pública, com foco na integração e no financiamento estável das forças de segurança.
Como o Rio de Janeiro chegou ao estado atual? | Rio de Janeiro: Paraíso em Chamas
Assista Rio de Janeiro: paraíso em chamas
Para compreender a fundo esta realidade que atinge o Rio de Janeiro e explorar possíveis caminhos para sua solução, a Brasil Paralelo produziu o documentário Rio de Janeiro: Paraíso em Chamas.
Esta obra investiga o centro do problema, trazendo depoimentos e imagens inéditas das favelas mais desafiadoras do país.
Não se trata apenas de expor o problema, mas de buscar entendê-lo em sua complexidade e vislumbrar possíveis saídas para este labirinto de violência e corrupção.
Isso tudo estará no documentário Rio de Janeiro: Paraíso em Chamas. Tenha acesso a esse conteúdo por apenas R$7,90 mensais.
O jornalismo da Brasil Paralelo existe graças aos nossos membros
Como um veículo independente, não aceitamos dinheiro público. O que financia nossa estrutura são as assinaturas de cada pessoa que acredita em nossa causa.
Quanto mais pessoas tivermos conosco nesta missão, mais longe iremos. Por isso, agradecemos o apoio de todos.
Seja também um membro da Brasil Paralelo e nos ajude a expandir nosso jornalismo.