O caso se iniciou no final de 2020, quando a artista questionou os resultados das eleições presidenciais dos Estados Unidos.
No entanto,o desligamento da empresa só acontenceu no ano seguinte. Segundo a atriz, a demisão teria sido motivada pelo compartilhamento de uma foto. A imagem mostrava uma mulher judia aterrorizada enquanto era perseguida por um garoto segurando um bastão durante o Holocausto.
Na legenda, a atriz escreveu:
"Quão diferente isto é de odiar alguém por suas opiniões políticas?”
O post viralizou e, como resultado, milhares de internautas pediram que ela fosse demitida. Em poucos dias, Gina recebeu a notícias de que não trabalhava mais para a Lucasfilm. Um porta-voz da empresa divulgou manifestação sobre o assunto:
“Os posts [de Gina Carrano] nas redes sociais, denegrindo as pessoas com base em suas identidades culturais e religiosas são abomináveis e inaceitáveis”. A empresa a acusa de divulgas informações transfóbicas e informações falsas sobre o holocausto.
Carano também foi dispensada por sua agência, a UTA, e seu escritório de advocacia, que desistiu de atendê-la.
A atriz relembra como recebeu a notícia de que havia perdido o papel de Cara Dune, em The Mandalorian, série de Star Wars, no canal Disney+:
"Simplesmente deitei e chorei e chorei. Eu me enrolei em posição fetal”, disse.
"Não é que eu não achasse que algo assim pudesse acontecer. É que eu não poderia imaginar que eles iriam divulgar essa declaração horrível sobre mim após trabalhar comigo – a empresa de entretenimento mais poderosa do mundo dizendo isso sobre mim."
Ela então vendeu sua casa e passou a morar em um trailer. Depois, conseguiu um contrato com outra produtora, mas o filme que estrelou não fez sucesso. De lá para cá, nunca mais foi convidada para desenvolver um papel em Hollywood.
Em fevereiro de 2024, Carano decidiu processar a Disney e a Lucasfilm por discriminação e demissão injusta. As despesas da atriz com advogados estão sendo pagas por Elon Musk, dono do X, antigo Twitter. Musk cumpre uma promessa que fez em 05 de agosto de 2023, quando afirmou:
"Se você foi tratado injustamente por seu empregador devido a postar ou curtir algo nesta plataforma, nós financiaremos suas despesas legais. Sem limite."
Apesar de nunca ter se comunicado diretamente com o bilionário, a ex-estrela da Disney o considera seu anjo da guarda.
"Acho incrível o que ele está fazendo. Muitos bilionários investem seu dinheiro na compra de ilhas e na construção de bunkers. Elon Musk está usando sua fortuna para travar sérias lutas contra a injustiça."
Tanto Musk quanto a Disney se recusaram a comentar a situação. O processo ganhou um novo capítulo recentemente. Funcionários da Lucasfilm foram intimados a depor no processo, conforme informou oThe Hollywood Reporter. A presidente da empresa, Kathleen Kennedy, e a publicitária da franquia Star Wars, Lynne Hale, estão entre os que deverão prestar esclarecimentos à Justiça.
A intimação foi feita depois que uma juíza federal rejeitou a tentativa da Disney de anular a ação. Em sentença proferida na semana passada, a juíza Sherilyn Peace Garnett negou que as alegações de Carano firam a Primeira Emenda da Constituição Americana.
A Disney argumentou que tem o direito de proteger o conteúdo de Star Wars de associações com visões que a empresa e muitos espectadores consideram ofensivas e contrárias à sua mensagem de respeito, integridade e inclusão.
O processo ainda será julgado e então não apenas os envolvidos, mas também os fãs de Star Wars conhecerão o veredicto.
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