Ao mesmo tempo em que as taxas de desemprego no primeiro trimestre de 2025 chegaram a 7%, muitas empresas relatam dificuldade para preencher vagas que exigem habilidades específicas.
Uma pesquisa global realizada pelo ManpowerGroup com mais de 40 mil empregadores revela a dimensão do problema.
Cerca de 81% dos empregadores no Brasil, mais de oito em cada dez, relatam dificuldade em encontrar os profissionais que precisam.
Esse índice coloca o Brasil em uma situação mais crítica que a média global (74%) e próximo a países como Irlanda e Singapura.
Quais as profissões mais afetadas?
Quando questionados sobre quais habilidades são mais difíceis de encontrar, 39% dos empregadores brasileiros apontam TI & Dados como a principal carência, seguida por Atendimento ao Cliente e Marketing & Vendas.
Uma projeção de 2022 da Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom) já indicava um déficit de 106 mil profissionais por ano na área de TI até 2025.
Na época, o país forma apenas cerca de 53 mil trabalhadores para as 159 mil vagas abertas anualmente
Por que faltam trabalhadores qualificados?
As causas para essa escassez generalizada são múltiplas. Especialistas apontam para problemas estruturais na educação brasileira, resultando em baixa escolaridade e baixo letramento digital para parte significativa da população.
Além disso, as rápidas transformações tecnológicas criam novas demandas por habilidades que os sistemas de ensino tradicionais demoram a incorporar.
As próprias empresas, por vezes, não investem o suficiente em treinamento e desenvolvimento (T&D) para capacitar seus funcionários atuais (upskilling e reskilling), preferindo buscar no mercado profissionais já prontos, que são escassos.
Mudanças nas prioridades dos trabalhadores, especialmente após a pandemia da Covid-19, também influenciam.
"A ausência de profissionais especializados compromete a inovação e a capacidade das empresas de se manterem relevantes num mundo em grandes transformações”, analisa Lucas Brossi, sócio e líder de inteligência artificial para a Bain na América do Sul.
A busca por maior flexibilidade, qualidade de vida e a possibilidade do trabalho remoto tornaram os profissionais mais seletivos, como aponta a economista Marieke Vandeweyer, da OCDE.



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