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Atualidades
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De aluno da USP a bilionário: como a história de sucesso de um brasileiro expõe as fraquezas do mercado nacional

A trajetória que orgulha o país levanta questões importantes sobre a preferência dos talentos de TI pelo mercado externo.

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
12/8/2024 19:43
Foto: Divulgação/Character.AI

O paulistano Daniel Freitas deixou o país após se formar em engenharia da computação na USP. Vivendo nos EUA, trabalhou para a Microsoft e acabou contratado pelo Google. Anos depois, fundou a Character. AI, uma empresa de criação de chatbots capazes de “imitar” personalidades famosas. Em 2024, a empresa estava avaliada em mais de US$1 bilhão. O negócio chamou a atenção do Google, que o adquiriu. Agora, Daniel foi recontratado como engenheiro de TI.

Casos como o de Freitas revelam como o Brasil ainda tem um longo caminho a percorrer para reter talentos no campo da tecnologia da informação. A carreira do engenheiro foi totalmente construída no exterior. Quando se juntou ao Google, ajudou a desenvolver o LaMDA, inteligência artificial que ganhou as manchetes no ano passado depois de supostamente ter ganhado consciência. 

  • LaMDA é a abreviação de Language Model for Dialogue Applications. A inteligência artificial foi projetada pelo Google em 2017. Ela realiza diálogos realistas entre homem e máquina, através de chatbots de texto e de voz. 

Ex-funcionários da Character.AI também foram contratados, além de seu sócio, Noam Shazeer. A história de Daniel é inspiradora, mas estimula a realização de uma pergunta: 

  • por que pessoas como ele preferem sair do Brasil em vez de desenvolver seu trabalho aqui?

Altas exigências, falta de investimento e ganhos inferiores aos do mercado internacional

As razões para o êxodo de profissionais são muitas. O coordenador de tecnologia Ronaldo Faraone explica que a primeira delas está ligada ao perfil dos profissionais: 

“A maior parcela de vagas possui exigência de habilidades e conhecimentos bem específicos, difícil de encontrar em somente uma pessoa. As empresas querem profissionais que ´saibam tudo´, porém o perfil atual dos profissionais de TI é de ser especializado somente em alguma habilidade específica”.

De acordo com Faraone, os ganhos também são um problema. Mesmo que as empresas estejam dispostas a pagar caro, as pessoas preferem ganhar em moeda estrangeira. Outro ponto é como o empresário brasileiro entende o teletrabalho. No caso do TI, os profissionais tendem a escolher vagas remotas. 

“Muitas empresas ainda não encaram o home office como uma opção eficaz de trabalho”.

Reter as mentes digitais no Brasil permanece um grande desafio. Faraone afirma que não há investimento na área, ao contrário do que acontece no exterior. 

“O profissional brasileiro é criativo, mas existe pouco investimento em tecnologia de ponta, sendo a maior parte incentivado pela iniciativa privada. O brasileiro que se destaca em inovação vai para o exterior, para poder se desenvolver melhor”.

O problema permanece sem resposta. Enquanto isso, o Brasil segue com baixo desenvolvimento em áreas relacionadas à tecnologia.

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