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Atualidades
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Ministro israelense fala em transformar Gaza em “mina de ouro imobiliária”

Bezalel Smotrich afirma que a proposta já está na mesa do presidente Trump.

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
22/9/2025 16:29
Gil Cohen-Magen/AFP via Getty Images

O ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, afirmou que a Faixa de Gaza pode se tornar uma “mina de ouro imobiliária” após a guerra contra o Hamas.

A declaração foi dada em 17 de setembro, durante uma conferência sobre renovação urbana em Tel Aviv, e repercutiu internacionalmente.

Segundo Smotrich, já existe um plano de negócios pronto e apresentado ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

“Existe um plano de negócios, elaborado pelas pessoas mais profissionais que existem, e está na mesa do presidente Trump, sobre como transformar isso em uma mina de ouro imobiliária. Não estou brincando, é lucrativo. Já comecei negociações com os americanos”, disse o ministro.

Segundo o ministro, a guerra custou caro a Israel e o momento atual é o ideal para buscar retorno financeiro.

“Gastamos muito dinheiro nesta guerra, então precisamos dividir como vamos lucrar com a comercialização de terras em Gaza depois. Já concluímos a fase de demolição, que é sempre a primeira etapa da renovação urbana. Agora precisamos construir, e isso é muito mais barato.”

Repercussão internacional

As declarações contrastam com a posição da União Europeia. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, defendeu a solução de dois Estados e pediu cessar-fogo imediato.

“Os eventos horríveis que ocorrem diariamente em Gaza devem cessar. É necessário um cessar-fogo imediato, acesso irrestrito a toda a ajuda humanitária e a libertação de todos os reféns mantidos pelo Hamas”, declarou.

Autoridades da Casa Branca e do Departamento de Estado não responderam aos pedidos de comentário sobre as declarações do ministro.

Smotrich já havia defendido destruição total de Gaza

Esta não foi a primeira vez que Smotrich defendeu mudanças territoriais em Gaza.

  • Em julho, durante uma conferência no Knesset intitulada “A Riviera de Gaza – da visão à realidade”, afirmou que o território se tornaria “parte inseparável do Estado de Israel”.
  • Em maio, declarou que a região deveria ser “totalmente destruída” e que a população palestina ficaria restrita a uma pequena faixa de terra no sul.
  • Em agosto, disse que trabalhava para restabelecer os antigos assentamentos israelenses de Ganim e Kadim, desmantelados em 2005.

Smotrich também afirmou que essas ideias têm apoio de Trump.

Em fevereiro, o presidente americano mencionou a possibilidade de os EUA administrarem Gaza por dez anos. Também falou em oferecer compensações financeiras para que parte da população palestina deixasse o enclave.

Ministro das Finanças confronta Netanyahu

As declarações de Smotrich também se chocaram com declarações recentes do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

Ele havia dito que Israel poderia enfrentar isolamento internacional e ser obrigado a adotar características de “super-Esparta”, com economia autossuficiente voltada para defesa. Smotrich rebateu.

“Não concordo com as palavras do primeiro-ministro e realmente não gostei da comparação com Esparta.”

Enquanto Netanyahu buscou minimizar o impacto de suas próprias falas sobre a economia, Smotrich reforçou a ideia de transformar Gaza em um polo imobiliário, reafirmando a existência de negociações com Washington e insistindo que “a oportunidade se paga”.

Entenda o conflito entre Israel e o Hamas

Não é fácil compreender um conflito com camadas históricas, religiosas, territoriais e políticas. 

A maioria dos especialistas do Oriente Médio tem um consenso sobre o conflito entre Israel e Palestina: o ocidente possui uma visão nebulosa sobre o que acontece no Oriente Médio. 

A relação entre as sociedades dessa região é complexa e não cabe nas simplificações políticas que são adotadas na visão de franceses, brasileiros ou americanos. 

Para analisar o Oriente Médio, é preciso ajustar a lente para a lógica da região. Por esse motivo, a Brasil Paralelo mobilizou a sua equipe para ir até o local e ouvir as pessoas que de fato vivem essa realidade, produzindo o filme From The River To The Sea, Entenda a Guerra em Israel.

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