poderão solicitar a cidadania do país. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (31) pelo governo de Javier Milei, por meio do Decreto 524/2025.
Ainda não há definição sobre o valor mínimo necessário. Caberá ao Ministério da Economia avaliar, caso a caso, se os recursos aplicados são suficientes para permitir a solicitação.
Também será feita uma análise de segurança para determinar se o interessado representa riscos aos interesses nacionais.
Segundo a Casa Rosada, a medida visa alinhar as exigências argentinas aos critérios dos Estados Unidos para que o país avance no processo de adesão ao programa de isenção de vistos (Visa Waiver Program).
Apesar do acordo político, a adesão pode levar anos para ser aprovada por Washington.
Desde maio, Milei tem promovido uma série de restrições a estrangeiros. Um decreto anterior proibiu a entrada de pessoas com antecedentes criminais e determinou a deportação de imigrantes que cometerem qualquer crime em território argentino.
A norma também instituiu cobrança pelo uso do sistema público de saúde para turistas, residentes temporários e imigrantes em situação irregular.
Universidades públicas passaram a ter permissão para cobrar mensalidades de estudantes estrangeiros, e turistas devem apresentar seguro médico na entrada do país.
Segundo o governo, o objetivo é proteger os recursos públicos e priorizar os contribuintes argentinos. De acordo com dados oficiais, apenas em 2024, o sistema de saúde gastou cerca de 114 bilhões de pesos (R$57 milhões) com atendimento a estrangeiros.
“A Argentina, desde suas origens, sempre foi um país aberto ao mundo. No entanto, isso não pode significar que os pagadores de impostos devam sofrer as consequências de estrangeiros que chegam unicamente para usar e abusar de recursos que não são seus”, diz o decreto.
O Brasil é um dos países mais afetados pelas medidas. Em 2023, mais de 90 mil brasileiros viviam na Argentina, segundo o Itamaraty. Só em dezembro de 2024, 581 mil turistas visitaram o país, 22,5% deles eram brasileiros.
Com a inflação em queda, mas o custo de vida em alta, muitos estrangeiros têm deixado o país desde o início do governo Milei.
Para novos imigrantes, a entrada ficou mais difícil. Para investidores, mais promissora desde que o valor aplicado atenda aos critérios do governo argentino.
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