Um estudo da Universidade de Syracuse, nos EUA, mostra como a população americana enxerga a mídia de seu país. Os dados encontrados mostram que a maioria da população acredita que a mídia está "no caminho errado", ao passo que o número de jornalistas de esquerda só aumenta.

O que explica a queda de confiança na mídia? Como ter acesso a informações confiáveis? Veja a análise de Luciano Pires no Conversa Paralela e saiba como ter acesso a notícias confiáveis.

A pesquisa da Universidade de Syracuse tem sido realizada em diversos jornais do país desde 1971. Desde então, os números mudaram muito. Segundo a pesquisa, em 2022:

• mais de 36% dos jornalistas americanos se declaram apoiadores do Partido Democrata, grupo considerado de esquerda;
• apenas 3,4% dos jornalistas se declaram apoiadores do Partido Republicano, partido considerado de direita;
• mais de 60% da população acredita que a mídia tradicional está indo na direção errada.

Algo semelhante vem acontecendo no Brasil. Segundo a Reuters Institute, 41% dos brasileiros evitam consumir informação de veículos jornalísticos.

No podcast Conversa Paralela, o escritor e cartunista, Luciano Pires, apresentou quais são os principais desvios da mídia moderna em sua visão.

De qual ângulo o fato está sendo analisado?

Luciano Pires aponta que um dos principais problemas da mídia moderna é apresentar os fatos por apenas um ângulo, ocultando o posicionamento da empresa. Segundo ele:

"Quem é o dono da mídia? Quem decide qual é o fato que vai virar notícia? Quem escolhe o enquadramento? 

Isso deu vazão a esse livro que comecei, mostrando as diversas perspectivas. Isso não tem problema nenhum, desde que eu deixe claro para você qual é o ângulo que estou usando. 

Se você me fala de algo que é quadrado, me dê algo quadrado, não tente me convencer de que é redondo. E aí começa o problema".

Os patrocinadores determinam as notícias?

Segundo Luciano, um outro problema é a influência dos patrocinadores. No podcast Conversa Paralela, Luciano disse:

"Se eu tenho o meu trabalho e ele é remunerado por 500 mil pessoas, se 10 forem embora, não acontece nada. Se eu tenho três patrocinadores e um vai embora, eu perco 33%, eu fico inviável".

• Esse é um dos motivos da Brasil Paralelo não aceitar dinheiro público - saiba mais sobre os valores e a história da BP.

Luciano continua sua fala afirmando que a população ganhou um poder inédito na história:

"Cada pessoa nos assistindo tem o poder de mudar a história. O que ela precisa fazer? Simplesmente pegar o dinheiro gasto na internet ou na assinatura de jornais e dividir esse valor para investir em bons produtores de conteúdo da internet como a Brasil Paralelo.

Em vez de gastar 350 reais com empresas que não têm compromisso algum com você, você estará ajudando pessoas que realmente têm um propósito. Eles têm uma visão, uma missão, algo que parece estar fazendo a diferença no Brasil. 

A Brasil Paralelo só existe porque existem pessoas que entenderam o jogo e decidiram pagar por isso. 

Se conseguirmos trazer esse conceito para o Brasil, como já acontece nos Estados Unidos, onde podcasts com apenas 3 mil downloads por mês conseguem se viabilizar economicamente porque têm 3.000 pessoas dispostas a pagar, isso seria revolucionário. 

No Brasil, ainda é difícil, mas se esse conceito pegar por aqui e cada um de nós entender o poder que temos, tudo muda. Meu dinheiro, meu clique, meu like têm força. Não é só eu, se um milhão de pessoas derem um like, isso muda a história. Eu posso fazer o YouTube mostrar meu vídeo para todos. 

Não é necessário pensar igual a mim, mas se for um conteúdo legal, eu vou ajudar. Se não puder dar dinheiro, dou um like, compartilho, distribuo para as pessoas e conto para todo mundo. Esse é o poder do povo, o poder da mente independente".

• Para entender mais detalhes sobre como setores da mídia tentam manipular a população, acesse gratuitamente o e-book Mito, Linguagem e Mídia | Veja como a mídia consegue moldar a opinião pública.

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